Browsing by Author "Quinaz Romana, Guilherme"
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- Effect of lifestyle on blood pressure in Portuguese population under antihypertensive drugsPublication . Salvador, Mário Rui; Gonçalves, Susana; Quinaz Romana, Guilherme; Nunes, Baltazar; Kislaya, Irina; Matias Dias, Carlos; Rodrigues, Ana PaulaHypertension is one of the main risk factors for disability and death from cardiovascular diseases. Current guidelines include initiatives to control blood pressure values in hypertensive patients that focus on lifestyle changes. The main objective of this study was to estimate the association between lifestyle and blood pressure in patients under antihypertensive drugs. An analysis of the data of Portuguese Health Examination Survey (INSEF) was performed. Individuals who met INSEF inclusion criteria and who referred to be under antihypertensive drugs in the two weeks prior to the questionnaire were studied. Lifestyle variables (alcohol consumption, smoking, additional salt intake, fruit and vegetables consumption, practice of physical activity) were measured by questionnaire, and blood pressure values were obtained by physical examination. Associations between lifestyle factors and blood pressure, stratified by sex and adjusted to sociodemographic variables and to obesity, were estimated through a multiple linear regression model. Alcool consumption (ß=6.31, p = 0.007) and smoking (ß=4.72, p = 0.018) were associated with systolic blood pressure in men. Additional salt intake, fruit and vegetable consumption, and practice of physical activity were not associated with blood pressure in men. In women, no association was observed for any behavioural variable. These conclusions reinforce the need, also in the population under antihypertensive drugs, particularly in the male sex, to focus the fight against high systolic blood pressure in these two modifiable and preventable behaviours: smoking and alcoholic consumption.
- Multimorbilidade em PortugalPublication . Quinaz Romana, Guilherme; Kislaya, Irina; Salvador, Mário Rui; Cunha Gonçalves, Susana; Nunes, Baltazar; Matias Dias, CarlosIntrodução: A multimorbilidade, definida habitualmente pela presença de duas ou mais doenças crónicas no mesmo individuo, é um problema relevante que importa considerar. Na Europa, estima-se que a multimorbilidade represente 70 a 80% da despesa em saúde em países como a Dinamarca e seja a causa de 8 em cada 11 internamentos hospitalares no Reino Unido. Estes doentes revelam um elevado número de prescrições e de referenciações hospitalares. Em 2005/2006 em Portugal, segundo os dados de Inquérito Nacional de Saúde, 36% da população apresentava três ou mais doenças crónicas. Internacionalmente os estudos apresentam valores variáveis, com prevalências entre 20% e 40%. Torna-se relevante compreender o padrão actual de multimorbilidade, num estudo de base populacional, com um intervalo etário alargado. Objectivo: Descrever e caracterizar a prevalência de multimorbilidade em Portugal. Material e Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico transversal analítico, tendo como unidade de observação todos os indivíduos que responderam ao Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico -indivíduos não institucionalizados, com idade compreendida entre os 25 e 74 anos residentes em Portugal-. O desenho da amostra pressupõe a representatividade da população portuguesa, sendo a amostra final constituída por 4911 indivíduos. A prevalência da multimorbilidade foi estimada para o total da população e para cada um dos sexos, estratificada por grupo etário, região de saúde, educação e rendimento. Para identificar os fatores associados à multimorbilidade foi utilizado o modelo de regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de multimorbilidade foi de 38,3% (IC95% 35,4% a 41,3%), com maior frequência nas mulheres, nos indivíduos mais velhos, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo e em níveis educacionais mais baixos. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre a multimorbilidade e o rendimento. No modelo de regressão multivariável continuou a verificar-se uma relação entre a multimorbilidade e a idade, com uma aRP nos escalões etários 55-64 e 65-74 de 5,67 (IC95% 2,54 a 12,65) e 5,68 (IC95% 2,47 a 13,05) nos homens e 6,71 (IC95% 4,01 a 11,21) e 7,51 (IC95% 4,52 a 12,51) nas mulheres, em comparação com o escalão etário 25-34. Conclusões: A multimorbilidade é um problema que afecta mais de um terço da população portuguesa. Os resultados por nós obtidos estão em consonância com a literatura ao mostrarem uma prevalência superior de multimorbilidade nas mulheres, nos indivíduos mais velhos e com habilitações literárias mais baixas. A existência de um estudo de base populacional, com representatividade nacional, possibilita a melhor caracterização destes doentes em Portugal. Esta evidência permitirá contribuir para a actual discussão quanto à necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem aos doentes com múltiplas doenças crónicas, com políticas que permitam tratar melhor e com maior eficiência.
- Multimorbilidade em Portugal: dados do Primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame FísicoPublication . Quinaz Romana, Guilherme; Kislaya, Irina; Salvador, Mário Rui; Gonçalves, Susana Cunha; Nunes, Baltazar; Matias Dias, CarlosIntrodução: A presença de múltiplas doenças crónicas, em simultâneo, no mesmo indivíduo é um problema de saúde reconhecido. Os doentes com multimorbilidade têm necessidades de saúde acrescidas, o que representa um ónus elevado para os cuidados de saúde. Embora não exista uma definição consensual do conceito, a multimorbilidade é definida habitualmente pela presença de duas ou mais doenças crónicas. A existência de evidência, para a realidade nacional, quanto à multimorbilidade poderá contribuir para a gestão e tratamento destes doentes de forma mais eficiente. Material e Métodos: Com o objetivo de estimar a prevalência de multimorbilidade e identificar os fatores associados foi realizado um estudo epidemiológico transversal com base nos dados do INSEF, um inquérito de base populacional desenvolvido com uma amostra probabilística representativa da população portuguesa (n = 4911). A prevalência de multimorbilidade foi estimada para o total da população e para cada um dos sexos, estratificada por grupo etário, região de saúde, educação e rendimento. As magnitudes das associações foram medidas pelas razões de prevalências ajustadas calculadas pelo modelo de regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de multimorbilidade foi de 38,3% (IC 95%: 35,4% a 41,3%), com maior frequência nas mulheres, nos indivíduos mais velhos, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Algarve e Alentejo e em níveis educacionais mais baixos. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre a multimorbilidade e o rendimento. Discussão: A multimorbilidade é um problema que afeta mais de um terço da população portuguesa. O conhecimento epidemiológico sobre a multimorbilidade em Portugal permite identificar os grupos populacionais onde esta realidade é mais prevalente. Conclusão: Os valores observados apontam para maior risco de multimorbilidade entre os indivíduos mais velhos e menos diferenciados e está em consonância com os resultados da literatura. Estes dados demonstram a relevância dos doentes com multimorbilidade e têm especial importância na forma com os cuidados de saúde são organizados e prestados.
- O papel do médico de família atribuído ao doente, no conhecimento do diagnóstico da sua diabetes mellitusPublication . Gonçalves, Susana; Salvador, Mário Rui; Quinaz Romana, Guilherme; Nunes, BaltazarIntrodução: A Diabetes Mellitus (DM) apresenta uma história natural silenciosa, sendo um dos desafios atuais o seu subdiagnóstico. No entanto, o subdiagnóstico, quer por inexistência de médico, quer por deficiências na prestação de cuidados, não é o único fator associado ao awareness, também os fatores individuais o são. O aumento do conhecimento dos doentes e dos médicos que os seguem acerca da doença é fundamental para a prevenção de complicações e para diminuir o peso global da DM. O objetivo do estudo foi estimar a associação entre a existência de médico de Medicina Geral e Familiar (MGF) atribuído pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o awareness de DM, em doentes a residir em Portugal há mais de 12 meses, com idade entre os 25 e os 74 anos, no ano de 2015. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal analítico com base na análise secundária dos dados obtidos no Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) entre fevereiro e dezembro de 2015. Dos 4911 participantes, foram estudados os 495 que cumpriam pelo menos 1 dos critérios de inclusão: HbA1c ≥ 6,5% ou diagnóstico de DM ou estar sob terapêutica antidiabética. As variáveis foram divididas: na variável outcome awareness, na variável de exposição “ter médico de MGF atribuído” e num grupo de variáveis independentes considerados potencias fatores de confundimento da associação. A análise estatística teve uma parte descritiva, e uma parte inferencial, que permitiu estimar a associação entre o doente ter MGF atribuído pelo SNS, e o conhecimento e diagnóstico de DM ajustado para confundimento, recorrendo a um modelo de regressão de Poisson. Resultados: A maioria dos diabéticos portugueses identificados estavam aware da doença (87,7%) e tinham médico de MGF atribuído (89,6%). A proporção do awareness da DM em doentes é maior quando estes têm médico de MGF, comparativamente aos que não têm este profissional de saúde atribuído (90,8%vs.61,3%). Observou-se uma associação positiva entre a existência de médico de MGF atribuído e o awareness da DM em doentes, expressa por uma Razão de Prevalência=1,46 (IC95%:1,01-2,10), ajustada para o confundimento. Discussão: Apesar das limitações, a associação encontrada sugere que nos doentes com MGF o conhecimento da sua condição é 46% superior aos que não tem MGF. Este resultado reforça a importância da existência de MGF atribuído a utentes diabéticos, no sentido de melhorar o conhecimento da sua patologia e, assim, permitir ganhos em saúde nesta população.
