Browsing by Author "Borges, Marta"
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- Exposição a metilmercúrio e consumo de pescado: emissão de recomendações nacionais, 2023Publication . Fernandes, Paulo; Afonso, Cláudia; Bico, Paula; Bandarra, Narcisa; Borges, Marta; Carmona, Paulo; Carvalho, Catarina; Correia, Daniela; Gonçalves, Susana; Lopes, Carla; Lourenço, Helena; Monteiro, Sarogini; Nabais, Pedro; Oliveira, Luísa; Santiago, Susana; Severo, Milton; Torres, Duarte; Dias, Maria GraçaConsiderando que o consumo de pescado é uma fonte importante de exposição ao metilmercúrio, a Comissão Europeia recomendou aos Estados- -membros que estabelecessem recomendações para o seu consumo. Assim, tendo sido criado um grupo de trabalho, é objetivo deste artigo apresentar o trabalho desenvolvido para a elaboração das recomendações de consumo de pescado adaptadas à população portuguesa, tendo em conta o padrão nacional de consumo de peixe e as espécies consumidas. A definição das recomendações assentou na realização de um estudo de avaliação de risco-benefício associado ao consumo de pescado. Esta metodologia permitiu identificar dois grupos populacionais sujeitos a recomendações distintas: para a população em geral recomenda-se uma frequência de consumo de 4 a 7 vezes por semana e, para a população vulnerável, uma frequência de 3 a 4 vezes por semana das espécies com médio e baixo teor de mercúrio, devendo ser evitado o consumo das espécies com elevado teor de mercúrio. Estas recomendações foram divulgadas num evento público e deverão ser alvo de esforços adicionais para chegarem à população vulnerável, constituída por mulheres grávidas, mulheres a amamentar e crianças até aos 10 anos.
- Quantitative risk-benefit assessment of Portuguese fish and other seafood species consumption scenariosPublication . Carvalho, Catarina; Correia, Daniela; Severo, Daniel; Afonso, Cláudia; Bandarra, Narcisa; Gonçalves, Susana; Lourenço, Helena; Dias, Maria da Graça; Oliveira, Luísa; Nabais, Pedro; Carmona, Paulo; Monteiro, Sarogini; Borges, Marta; Lopes, Carla; Torres, DuartePortugal has high fish/seafood consumption, which may have both risks and benefits. This study aims to quantify the net health impact of hypothetical scenarios of fish/seafood consumption in the Portuguese population using a risk-benefit assessment methodology. Consumption data from the National Food, Nutrition and Physical Activity Survey 2015-2016 (n 5811) were used to estimate the mean exposure to methylmercury and EPA + DHA in the current and the alternative scenarios considered. Alternative scenarios (alt) were modelled using probabilistic approaches to reflect substitutions from the current consumption in the type of fish/seafood (alt1: excluding predatory fishes; alt2: including only methylmercury low-level fishes) or in the frequency of weekly fish/seafood consumption (alt3 to alt6: 1, 3, 5 or 7 times a week, replacing fish/seafood meals with meat or others). The overall health impact of these scenarios was quantified using disability-adjusted life years (DALY). In the Portuguese population, about 11 450 DALY could be prevented each year if the fish/seafood consumption increased to a daily basis. However, such a scenario would result in 1398 extra DALY considering the consumption by pregnant women and the respective risk on fetal neurodevelopment. Our findings support a recommendation to increase fish/seafood consumption up to 7 times/week. However, for pregnant women and children, special considerations must be proposed to avoid potential risks on fetal neurodevelopment due to methylmercury exposure.
- Recomendações para o consumo de pescado para a população portuguesaPublication . Dias, Maria da Graça; Fernandes, Paulo; Lopes, Carla; Torres, Duarte; Carvalho, Catarina; Afonso, Cláudia; Bandarra, Narcisa; Gonçalves, Susana; Lourenço, Helena; Nabais, Pedro; Carmona, Paulo; Borges, Marta; Bico, PaulaUm grupo de trabalho promovido pela Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) e que integrou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) elaborou um conjunto de recomendações para o consumo de pescado para a população portuguesa. De acordo com as conclusões do estudo realizado, o consumo de pescado tem benefícios para a saúde, mas algumas espécies têm um teor de mercúrio elevado que pode representar riscos associados ao desenvolvimento cognitivo, sendo por isso de evitar em grupos vulneráveis como as grávidas, mulheres a amamentar e crianças pequenas. Segundo os autores deste trabalho, o consumo de pescado, que inclui peixe, moluscos e crustáceos, tem benefícios para a saúde, diminuindo o risco de doença coronária e contribuindo para um adequado neuro-desenvolvimento do feto. Apesar disso, algumas espécies, como atum fresco (não o de conserva), cação, espadarte, maruca, pata roxa, peixes-espada e tintureira, contêm elevado teor de mercúrio, o que pode representar riscos para a saúde, designadamente ao nível do desenvolvimento cognitivo, devendo por isso ser evitadas por grávidas, mulheres a amamentar e crianças pequenas. Para estes grupos vulneráveis, a recomendação dos especialistas é o consumo de pescado entre 3 a 4 vezes por semana, sendo que para a população em geral o consumo de pescado deverá ser mais frequente, até 7 vezes por semana. No entender dos investigadores, o consumo de pescado continua a ser essencial, sendo necessário fazer as escolhas certas relativamente às espécies e à frequência do seu consumo. Sardinha e cavala são algumas das opções a privilegiar, uma vez que têm menos mercúrio e maior teor de ácidos gordos ómega-3, que contribuem para um melhor desenvolvimento cognitivo nas crianças e para a prevenção de doença cardiovascular nos adultos. Espécies como abrótea, bacalhau, carapau, choco, corvina, dourada, faneca, lula, pescada, polvo, raia, redfish e robalo são outras das opções que apresentam, geralmente, valores baixos de mercúrio. As recomendações para o consumo de pescado para a população portuguesa foram definidas tendo por base a frequência de consumo dos portugueses, obtida através do inquérito nacional IAN-AF. Os dados relativos ao teor de mercúrio foram, por sua vez, determinados através de amostras colhidas e analisadas no âmbito do controlo oficial e de diferentes estudos científicos, sendo posteriormente integrados numa avaliação de risco-benefício associado ao consumo de pescado pela população portuguesa. A investigação que fundamenta estas recomendações foi publicada no British Journal of Nutrition e contou com investigadores de todas as instituições nacionais envolvidas.
