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- Healthcare professionals’ psychological distress, risk and protective mental health factors after two years of COVID-19 pandemic in PortugalPublication . Costa, Alexandra; Almeida, Teresa Caldas de; Fialho, Mónica; Rasga, Célia; Martiniano, Hugo; Santos, Osvaldo; Virgolino, Ana; Vicente, Astrid; Heitor, Maria JoãoThe COVID-19 pandemic increased psychosocial riskfactors among healthcare professionals (HCP). The main objective was to characterize Portuguese HCP’s mental health (MH) outcomes, estimating the percentage of symptoms of anxiety, depression, post-traumatic stress disorder (PTSD) and burnout, and identifying risk and protective factors.
- Report: B1MG Country Exchange VisitsPublication . Merchant, Arshiya; Lopes, Maria de Fátima; Costa, Alexandra; Konopko, Melissa; Cardoso, Maria Luís; Sitja, Xénia Pérez; Bourbon, Mafalda; Almeida, Teresa Caldas de; Scollen, SerenaNo âmbito do projeto B1MG (Beyond One Million Genomes), WP5, o INSA colaborou na organização de três Country Exchange Visits (CEV) (formato virtual) ao Reino Unido (23 e 24 de Março de 2021), Estónia (19 e 20 de Maio de 2021) e Finlândia (16 e 17 de Junho de 2021). Este documento, cuja elaboração e conteúdo teve no INSA o seu maior contribuinte, constitui o relatório destas 3 CEVs.
- Saúde mental em tempos da pandemia da COVID-19: abordagem metodológica utilizada no projeto SM-COVID19Publication . Costa, Alexandra; Rasga, Célia; Martiniano, Hugo; Vicente, Astrid; Virgolino, Ana; Santos, Osvaldo; Heitor, Maria João; Almeida, Teresa Caldas deA pandemia da COVID-19 provocou alterações profundas na forma de viver, individual e comunitária. Essas alterações, aliadas ao medo e incerteza crescentes de infetar ou ser infetado e ao medo de perder emprego ou rendimento decorrentes da imprevisibilidade na evolução da doença, têm sido apontadas como potenciais fatores de risco para a saúde mental (SM) e bem-estar psicológico (BE) das populações, em particular, para a ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático e burnout. Vários estudos identificaram os profissionais de saúde na linha da frente e os indivíduos infetados como grupos de risco de sofrimento psicológico. O projeto SM-COVID19 teve como principal objetivo caracterizar a SM e o BE psicológico no contexto da pandemia, na população residente em Portugal e, em particular, em grupos de risco acrescido. Este é um estudo observacional transversal, com uma componente longitudinal, com recolha de dados através de questionário online de base populacional. Foram selecionados como outcomes a avaliar várias dimensões de SM, nomeadamente BE psicológico, ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático, burnout, presentismo e resiliência, assim como determinantes de SM relevantes. No âmbito da divulgação e comunicação do estudo foram criados diversos produtos. O SM-COVID19 representa um contributo para o conhecimento sobre SM da população portuguesa no contexto da pandemia. Os resultados obtidos constituem uma evidência sólida para a elaboração de recomendações, visando mitigar os problemas de SM identificados, bem como promover o BE psicológico em tempos de pandemia.
- Saúde mental em tempos de pandemia - SM-COVID-19: policy briefPublication . Almeida, Teresa Caldas de; Heitor, Maria João; Santos, Osvaldo; Costa, Alexandra; Virgolino, Ana; Rasga, Célia; Martiniano, Hugo; Vicente, AstridA pandemia COVID-19 provocou alterações profundas nos estilos de vida, com potencial impacto na Saúde Mental (SM) e no Bem-Estar (BE) das populações, podendo conduzir a ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático e burnout. Neste contexto de pandemia, muitas das alterações ocorridas têm sido apontadas como responsáveis por impactarem negativamente na saúde mental e no bem-estar psicológico, em particular das pessoas infetadas e dos profissionais de saúde que delas cuidam. Isto decorre de diversos fatores, entre eles, medo e incerteza percecionados pelos indivíduos, medidas de saúde pública adotadas, como o distanciamento físico na sua manifestação mais extrema, como seja o confinamento, consequências socioeconómicas (e.g., perda de rendimento, desemprego), e, também, os potenciais efeitos diretos do vírus no sistema nervoso central. Importa assim tomar medidas promotoras de BE e de reforço da SM, e de mitigação do sofrimento psicológico na população geral, e em particular nos profissionais na linha da frente, nomeadamente nos profissionais dos serviços de saúde, nos cidadãos em isolamento ou quarentena, nas pessoas infetadas com SARS-CoV-2 e nos doentes com COVID-19. A aproximação do período de gripe sazonal e o atual aumento de casos de doentes com COVID-19 vão, provavelmente, resultar em maior vulnerabilidade de um número também potencialmente maior de pessoas. Apesar de a pandemia ser, num primeiro nível, uma crise de saúde física e uma crise social, no caso de não virem a ser implementadas medidas de SM e BE em tempo útil, poderá vir a tornar-se uma grave crise de SM., com todas as implicações que tal tem em termos de custos humanos, familiares, sociais e de despesa pública em saúde, bem como em termos de redução da produtividade a nível nacional. Coordenado pelo Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P., em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (ISAMB/FMUL) e com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPM), o estudo SM-COVID19 visou caraterizar a SM e o BE da população geral e dos profissionais de saúde no contexto da pandemia, tendo em conta dimensões como ansiedade, depressão, stress pós-traumático, burnout e resiliência, entre outras. Os resultados do estudo SM-COVID19, disponíveis em https://sm-covid19.pt/, foram recolhidos através de um questionário estruturado online (auto administrado), que avaliou várias dimensões relevantes de SM no contexto de pandemia, em cidadãos maiores de 18 anos residentes em Portugal, entre os dias 22/05/2020 e 14/08/2020, tendo sido obtidas respostas de 6079 participantes, dos quais 2097 são profissionais de saúde. A maioria dos participantes tem entre 30 e 59 anos de idade, é do sexo feminino e reside na Área Metropolitana de Lisboa (38,2%) e no Norte (26,6%).
- Saúde mental em tempos de pandemia - SM-COVID-19: relatório finalPublication . Almeida, Teresa Caldas de; Heitor, Maria João; Santos, Osvaldo; Costa, Alexandra; Virgolino, Ana; Rasga, Célia; Martiniano, Hugo; Vicente, AstridA Pandemia de COVID-19 está a ter impacto na saúde global das populações, nomeadamente na saúde mental, como consequência direta da infeção viral, mas também devido às alterações sociais e económicas resultantes em grande parte das medidas adotadas para controlar a disseminação do vírus na comunidade mundial. Neste contexto, muitas das alterações ocorridas têm sido apontadas como responsáveis por impactarem negativamente na saúde mental e no bem-estar psicológico, em particular das pessoas infetadas e dos profissionais de saúde que delas cuidam. Isto decorre de diversos fatores, entre eles, medo e incerteza percecionados pelos indivíduos, medidas de saúde pública adotadas, como o distanciamento físico na sua manifestação mais extrema, como seja o confinamento, consequências socioeconómicas (e.g., perda de rendimento, desemprego), e, também, os efeitos diretos do vírus no sistema nervoso central. Conhecer o estado da saúde mental dos cidadãos com mais de 18 anos residentes em Portugal, no contexto dos primeiros meses de vivência com a pandemia da COVID-19 em Portugal e, em particular, indicadores de ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático e burnout, bem como identificar determinantes de resiliência e vulnerabilidade nesta população, e fundamental para a adoção de medidas que possam mitigar o sofrimento psicológico e promover a saúde mental e o bem-estar da população Portuguesa, quer durante a pandemia quer após o controlo epidemiológico da mesma. Com esta finalidade, foi desenvolvido o estudo SM-COVID19 (https://sm-covid19.pt), coordenado pelo Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. Trata-se de um estudo observacional de natureza transversal embora com uma componente longitudinal. Os dados foram recolhidos através de um questionário estruturado autoadministrado via online com duas abordagens amostrais, uma de base populacional e, outra, incidente nos profissionais de saúde. Destacam-se na conceção deste estudo três aspetos: 1) medição do efeito da pandemia na saúde mental, não só da população em geral mas também dos profissionais de saúde, em particular daqueles que se encontravam na linha da frente do tratamento de doentes com COVID-19 e, ainda, das pessoas que estavam ou estiveram em quarentena ou isolamento, nomeadamente as suspeitas de infeção, as infetadas e os indivíduos já recuperados; 2) análise de determinantes de vulnerabilidade e de proteção; e 3) avaliação em vários momentos no decorrer da pandemia, abrangendo o período final do confinamento e o período subsequente de desconfinamento (componente transversal sequenciada), e avaliação de uma subamostra em dois momentos distintos (componente longitudinal). A recolha de dados decorreu entre os dias 22 de maio e 20 de julho de 2020 e entre 23 de julho e 14 de agosto. Foram consideradas, para efeitos deste estudo, 6079 respostas de um total de 6859 questionários preenchidos, incluindo 3982 respondentes da população geral (continente e ilhas) e 2097 profissionais de saúde com atividade em território português. As dimensões de saúde mental consideradas (bem-estar psicológico, ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático, burnout e resiliência) foram avaliadas através de instrumentos específicos e escalas validadas. Foram igualmente recolhidos dados sociodemográficos; dados sobre a situação face a doença; situação face ao emprego e ao trabalho; apoio social e familiar; acesso a serviços de saúde e a equipamentos de proteção individual percecionados; estilos de vida; consumo de substâncias e comportamentos aditivos; conciliação trabalho-família; rendimento financeiro e atividade profissional; e perceção de risco ou otimismo relativamente ao futuro. Os resultados do estudo revelaram que 33,7 % dos indivíduos da população geral e 44,8% dos profissionais de saúde apresentavam sinais de sofrimento psicológico. Na população geral 27% dos inquiridos reportaram sintomas moderados a graves de ansiedade, 26,4% de depressão e 26% de perturbação de stress pós-traumático. Estas prevalências são mais elevadas do que as previamente reportadas pelo 1º Estudo Epidemiológico Nacional da Saúde Mental. São sobretudo as mulheres, os jovens adultos entre os 18 e os 29 anos, os desempregados e os indivíduos com mais baixo rendimento quem apresenta sintomas de sofrimento psicológico moderado a grave, em várias das dimensões de saúde mental analisadas. Este padrão e particularmente consistente na análise dos resultados das escalas de bem-estar/sofrimento psicológico, ansiedade, depressão e perturbação de stress pos-traumatico. Alguns dos determinantes analisados, nomeadamente a manutenção de passatempos/hobbies, de rotinas diárias e de atividade física, são protetores do bem-estar psicológico e estão associados a um risco diminuído de sintomas de ansiedade, depressão e, em particular, de stress pós-traumático. A análise de modelos multivariados na população geral indica que os preditores mais significativos de sofrimento psicológico, ansiedade e depressão tendem a ser o sexo feminino; maior dificuldade na conciliação trabalho-família e na manutenção dos estilos de vida e atividades de lazer; preocupação com a manutenção do trabalho ou preservação do rendimento; perceção de menos apoio social ou familiar; maior preocupação relativamente ao futuro e menor resiliência. Em relação aos profissionais de saúde, os resultados mostram taxas mais elevadas de problemas de saúde mental relativamente a população geral, em particular de sofrimento psicológico e de ansiedade moderada a grave. São sobretudo aqueles que estão a tratar doentes com COVID-19 os mais afetados, com um risco de sofrimento psicológico 2,5 superior àqueles que não tratam doentes com COVID-19. E ainda no grupo dos profissionais de saúde que os níveis de burnout (exaustão física e emocional) são mais elevados (32.1%). Os modelos de regressão com melhor ajustamento para este grupo (de profissionais de saúde) apontam para que o rendimento, o contacto regular e presencial com doentes, o tratar doentes com COVID-19, o nível medio/baixo de resiliência, as dificuldades na conciliação trabalho-família, a falta de apoio social e familiar, e as preocupações face ao futuro sejam fatores preditores de sofrimento psicológico. Por outro lado, os resultados do estudo SM-COVID 19 indicam que cerca de um terço dos profissionais de saúde revela um nível elevado de resiliência, sobretudo os indivíduos do sexo masculino e dos indivíduos com 50 ou mais anos. Dos indivíduos que estão ou estiveram em quarentena, em isolamento ou já recuperados, 72% reportam sofrimento psicológico e mais de metade tem sintomas de depressão moderada a grave. Dos indivíduos infetados que estiveram em internamento hospitalar ou em cuidados intensivos, a esmagadora maioria (92%) refere sintomas de ansiedade moderada a grave. Quando analisada a evolução das respostas ao longo do período de tempo em que decorreu a colheita de dados, verificou-se que na população em geral houve um aumento de respondentes que relataram sintomas de sofrimento psicológico. Já no grupo de profissionais de saúde, esta percentagem foi diminuindo ao longo dos primeiros 3 momentos, tendo-se verificado um aumento considerável no último momento de amostragem. Por outro lado, quando inquirida a mesma população uma segunda vez, ou seja, em 2 momentos de avaliação distantes de pelo menos um mês, não se encontraram diferenças significativas nos dois momentos na população em geral, e, relativamente aos profissionais de saúde observou-se uma diferença significativa, no sentido da diminuição da percentagem de indivíduos em sofrimento psicológico. De realçar que a última fase de recolha de dados corresponde ao período de abrandamento de medidas restritivas e ao período de férias, que foi também acompanhado por uma diminuição no número de casos de infeção por COVID-19. Os resultados do estudo identificaram nos três grupos populacionais em análise, percentagens elevadas de sintomas relativos a sofrimento psicológico e as dimensões da saúde mental consideradas e, também, fatores preditores associados a saúde mental e bem-estar, os quais podem ser usados para planear intervenções no contexto da pandemia de COVID-19. Nesse sentido, compreender o impacto psicológico desta na população em geral e, em particular, nos profissionais de saúde e grupos diretamente afetados pela doença, permite apoiar a resposta do SNS, orientando os decisores e as equipas dos serviços de saúde mental nas abordagens dirigidas a estes grupos. O estudo SM-COVID 19 proporciona, assim, uma base de evidência sólida para a elaboração de recomendações que visem mitigar os problemas de saúde mental e promover o bem-estar psicológico em tempos de pandemia. Estas recomendações tem particular relevância contextual e temporal, dado que a pandemia de COVID-19 se prolonga agora numa segunda vaga, para a qual e fundamental preparar os profissionais de saúde, os indivíduos diretamente afetados pela doença e a população em geral.
