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Abstract(s)
Actualmente, os métodos mais eficazes de remoção de cianotoxinas envolvem o
uso de tecnologias dispendiosas. Os carvões activados são ainda de elevado custo
pelo que a procura de adsorventes alternativos é o foco de estudos de tratamento
de águas destinadas ao consumo humano.
O presente trabalho tem como objectivo a avaliação do potencial de utilização de
granulados de cortiça para a remoção de MCLR. Para isso, foram utilizados grânulos
de cortiça de granulometria de 1-2 mm (GC1/2) e grânulos sujeitos a tratamento
químico com ácido sulfúrico (GC1/2K). Como controlo, foram também avaliadas as
capacidades de remoção de carvões activados comerciais. As cinéticas de
adsorção foram obtidas a partir de ensaios em batch, em condições controladas
(tempos de contacto de 0,25h, 1h, 24h, 48h, 72h e 5 dias, sob agitação), com
extractos semi-purificados de MCLR (de Microcystis aeruginosa), quantificada por
HPLC-DAD.
A cortiça GC1/2 tem pouca afinidade para a MCLR, apresentando um máximo de
remoção de 20%, independentemente do tempo de contacto. No entanto, com a
cortiça GC1/2K obtiveram-se remoções acima dos 80%. Tanto o aumento do tempo
de contacto como da concentração de GC1/2K favorecem a remoção de MCLR.
Colocamos a hipótese de que o ácido sulfúrico residual na cortiça reduz o pH da
solução, induzindo alterações estereoquímicas na molécula de MCLR que
diminuem a sua solubilidade na água, potenciando, assim a adsorção da MCLR à
GC1/2K. Os resultados obtidos revelam que materiais de cortiça tal qual e
modificados têm uma capacidade de remoção inferior à demonstrada pelos
carvões activados comerciais. No entanto, o estudo da aplicação de resíduos
industriais na remoção de cianotoxinas da água é uma área que deverá ser
explorada.
Description
Keywords
Cianotoxinas Cortiça Adsorção Microcistina-LR Ecotoxicologia Água e Solo
