Toxinas: o diagnóstico rápido em resposta a emergências

Lopes de Carvalho, I.; Cordeiro, R.; Pelerito, A.; Núncio, M.S.

http://hdl.handle.net/10400.18/4692

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173 Toxinas congresso microbiologia clinica 30-11 1 e 2-12 2016 Coimbra.pdf		96.95 KB	Adobe PDF	Download

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Authors

Lopes de Carvalho, I.

Cordeiro, R.

Pelerito, A.

Núncio, M.S.

Abstract(s)

As toxinas são substâncias químicas de origem biológica que causam doença no Homem podendo algumas ser utilizadas como armas biológicas. Na lista de agentes de bioterrorismo estão incluídas quatro toxinas: neurotoxinas botulínica (BoNt), saxitocina, ricina e enterotoxina estafilocócica B (SEB). O botulismo é uma doença potencialmente fatal causada pela ação das neurotoxinas que impedem a libertação de acetilcolina nas junções neuromusculares, resultando em paralisia muscular. A saxitocina é também uma neurotoxina, usualmente associada à ingestão de moluscos contaminados, que se liga ao canal de cálcio do nervo impedindo a passagem de iões de sódio através da membrana celular, bloqueando a passagem dos impulsos nervosos. A ricina causa toxicidade multiorgânica bloqueando a síntese proteica e além de já ter sido utilizada como arma biológica no passado, tem sido utilizada em tentativas de suicídio na Europa. Relativamente à SEB, é uma causa comum da intoxicação alimentar, mas se inalada pode induzir a um quadro sistémico e por vezes levar à morte. O conhecimento dos sinais e sintomas associados a estas doenças, provocadas tanto por inalação ou ingestão destas toxinas, por parte da comunidade médica, bem como o diagnóstico laboratorial disponível, é fundamental. A resposta eficaz a um ataque de bioterrorismo só será possível se a suspeição clínica for rapidamente confirmada pelo laboratório e a fonte de infeção for prontamente eliminada após investigação epidemiológica.