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Não utilização de instrumentos estandardizados de avaliação cognitiva em crianças com paralisia cerebral

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A paralisia cerebral (PC) é a deficiência motora mais comum na infância; a sua complexidade clínica pode dificultar a correta avaliação da capacidade funcional. A avaliação da cognição na paralisia cerebral permite adequar os apoios à criança, optimizando o seu potencial e inclusão socio-familiar. Exploraram-se factores associados à não utilização de instrumentos estandardizados na avaliação cognitiva das crianças com PC residentes em Portugal aos 5 anos de idade. O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC5A), desenvolve a vigilância activa de casos de PC em Portugal, na idade recomendada de 5 anos de idade, seguindo o protocolo comum da SCPE, que inclui a definição e classificação da PC, instrumentos de avaliação funcional, imagiológica e de morbilidade associada. Para os efeitos deste estudo, considerou-se a informação registada sobre a avaliação cognitiva como “avaliação clínica” e “avaliação por teste”. Foram estudados os casos de PC notificados ao PVNPC5A até setembro de 2018, nascidos em 2001-2010, residentes em Portugal na altura do registo. Foram exploradas associações bivariáveis entre a não-avaliação por teste” e factores socio-geográfico e factores clínicos e funcionais sexo, idade e escolaridade da mãe, migração, ano de nascimento, região, tipo clínico, inteligibilidade da fala, controlo da baba, motricidade global e bimanual, epilepsia ativa e défice visual. As variáveis de interesse foram objecto de análise multivariável de regressão logística. As associações foram estimadas pelo odds ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Foram estudadas 1719 crianças notificadas ao PVNPC. Apenas 1394 tinham informação sobre a avaliação cognitiva. Destas, foram alvo de avaliação cognitiva através de um teste estandardizado 27,3% (n=381). A distribuição de competência cognitiva foi de 46,6%(n=650) para défice grave; 14,5%(n=202) para défice moderado e 38,9%(n=542) sem défice. As crianças com “avaliação por teste” foram classificadas como com défice cognitivo grave (22,8%,n=87), com défice moderado (22,6%,n=86) e sem défice (54,6%,n=208); as com “avaliação clínica” foram classificadas como Na análise bivariável, associaram-se à não-avaliação por teste” a idade da mãe, a migração, a região, tipo clínico, a inteligibilidade da fala, controlo da baba, motricidade global e bimanual, a epilepsia ativa e défice visual. No modelo final obtido da análise multivariável observou-se que a possibilidade de não realização de avaliação cognitiva através de um teste estandardizado está associado à não inteligibilidade da fala (aOR=3,9;[2,9;5,4]), ao défice visual grave (aOR=2,8;[1,4;5,3]) e ao tipo de paralisia cerebral disquinético (aOR=2,8;[1,3;6,1]).A análise multivariável identificou como mais significativamente associados à possibilidade de "no-avaliação por teste”.A avaliação formal estandardizada da cognição a competência cognitiva não é feita em mais de 72% das crianças com PC. As características do tipo clinico, as competências de comunicação e visuais são determinantes para este resultado. É imprescindível que existam equipas com competências técnicas e recursos adequados para as necessidades de cada criança.

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Keywords

Paralisia Cerebral Défice Cognitivo Instrumentos Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral Portugal Determinantes da Saúde e da Doença

Pedagogical Context

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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

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