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Importância do suplemento com Ácido Fólico na fase periconcepcional para a prevenção dos Defeitos do Tubo Neural: nível de conhecimentos e de adesão nas mulheres em idade fértil

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Introdução: As anomalias congénitas (AC) são erros do desenvolvimento, presentes no período embriofetal. A etiologia das AC é múltipla tendo os fatores genéticos e ambientais um papel relevante e frequentemente conjugado (1). Anualmente 2% a 3% dos nascimentos em todo o mundo são afetados por uma anomalia congénita major (2). Vários estudos demonstram a evidência de que o uso periconcepcional de ácido fólico pode prevenir cerca de 2/3 dos DTN (3, 4). Em Portugal, a Circular Normativa de 18/3/1998 recomenda “ preferencialmente a mulheres que desejam engravidar… a suplementação com ácido fólico” e a Circular Normativa de 16/01/06 sugere que a suplementação com ácido fólico, se deve “iniciar pelo menos dois meses antes da data de interrupção do método contraceptivo” (5, 6). É objetivo deste estudo avaliar o conhecimento das mulheres em idade fértil sobre o uso de ácido fólico na fase periconcepcional e a adesão a esta terapêutica, em 1998 e em 2005. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional, com duas componentes transversais realizadas em 1998 e 2005. As amostras populacionais utilizadas nos dois estudos foram constituídas por puérperas internadas nos Hospitais a sul do Tejo em 1998 e em 2005. Foram utilizadas amostras de conveniência sem carácter sistemático, constituídas por todas as puerperas internadas nos vários hospitais nos dias em que foi aplicado o questionário. Foi utilizado o teste de Qui-quadrado e o teste de comparação de proporções para duas amostras independentes. Foi feita uma análise de conteúdo através da categorização dos dados por categorias emergentes. Resultados: Foram inquiridas 72 mulheres no ano de 1998 e 71 mulheres no ano de 2005. Quando distribuídas por grupo etário observa-se uma diferença estatisticamente significativa (P<0,001) em relação à percentagem de puérperas entrevistadas com idade igual ou superior aos 35 anos (6,9% e 28,2% respetivamente). Comparando ambos os estudos também se observa um aumento estatisticamente significativo na percentagem de mulheres que “já ouviu falar em ácido fólico” (47,2%; 66,2%), acompanhado de igual aumento em relação à percentagem de puérperas que “conhece alimentos ricos em ácido fólico” (29,4%; 44,7%). No mesmo ano também se verificou um aumento estatisticamente significativo na percentagem de mulheres que refere conhecer o efeito do ácido fólico na prevenção de malformações (17,6%; 44,7%). Em 2005, 23,9% das puérperas iniciou o suplemento antes de estar grávida, situação que não se tinha encontrado em 1998. Nas mulheres que foram a uma consulta pre-concepcional, 65,2% iniciaram o suplemento antes de estarem grávidas e 17,4% iniciaram-no nas primeiras 6 semanas de gravidez. A utilização do suplemento na fase pre-concepcional parece estar associada a fatores como o nível de educação da mulher e o conhecimento que tem sobre o ácido fólico. Conclusão: • Observou-se uma evolução positiva da percentagem de mulheres que refere o uso e conhece o efeito desta medida preventiva durante a gravidez. • Só cerca de 47% das puérperas, em 2005, utilizou ácido fólico na fase periconcepcional. • Persiste a necessidade de se promover o uso de ácido fólico nas mulheres em idade fértil.

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RENAC Ácido Fólico Anomalias Congénitas

Pedagogical Context

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Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge, IP

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