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Impacto do diagnostico pré-natal no resultado da gestação com anomalia congénita entre 1997 e 2016

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Introdução: O diagnóstico pré-natal compreende uma variedade de procedimentos destinados a determinar o bem-estar fetal e identificar condições que possam aumentar o risco de desfecho negativo na gravidez. Esta medida preventiva permite i) o diagnóstico atempado de patologia para programar tratamento; ii) que os pais se prepararem para o nascimento de uma criança com anomalias; iii) dar a opção de continuar ou não com a gravidez. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do DPN em Portugal nas gravidezes com anomalia congénita (AC). Métodos: Realizou-se um estudo transversal usando dados de casos notificados ao Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC). A análise foi restrita a AC que são potencialmente detetáveis na fase pré-natal e notificadas no período entre 1997 e 2016. O resultado de interesse foi o resultado da gravidez considerando-se as seguintes categorias: nado vivo, interrupção médica da gravidez (IMG) e óbito (incluindo morte fetal, nado-morto e óbito até 30 dias após o nascimento). O efeito do DPN sobre o desfecho (óbito versus nascimento vivo) foi estimado usando um modelo de regressão tendo como variável dependente o resultado da gestação e independentes o ano, a idade materna e a presença de múltiplas anomalias. Resultados: Análise efetuada com base em 13566 casos notificados ao RENAC com pelo menos uma AC. De entres estes, 73,3% eram nados vivos (n = 9626), 23,5% eram IMG (n = 3083) e 3,2% eram mortes fetais (n = 424). O DPN foi realizado em 56,1% (n = 7605) dos casos, sendo detetada uma AC antes das 14 semanas de gestação em 19,1% de todos os casos, seguida de 48,1% com diagnostico entre as 14 e as 23 semanas e 32,8% com 24 ou mais semanas de gestação. Ao comparar casos com DPN com casos sem DPN, a IMG foi a opção escolhida em 40,3% de todos os casos diagnosticados na fase pré-natal. Após ajustar para confundimento, o ano, a idade materna, a presença de múltiplas anomalias e ter realizado DPN foi associado a pior prognóstico e aumentou o risco de a gravidez terminar na morte fetal (OR=2.56; 95%CI=2.06-3.18). Conclusões: Observa-se uma relação estatisticamente significativa entre a proporção de interrupções médicas da gravidez após o diagnóstico pré-natal de AC graves. Resultados semelhantes foram relatados por outros autores e podem revelar que um mau prognóstico a longo prazo tem um impacto significativo na decisão dos pais. Devido ao impacto do diagnóstico pré-natal e ao aumento da taxa de IMG, a diminuição na prevalência de nados vivos afetados com AC grave pode ser observada em estudos futuros.

Description

Abstrat publicado em: Gac Sanit. 2018;32(Espec Congr):321. disponível em: http://www.gacetasanitaria.org/es-pdf-X0213911118629759

Keywords

Anomalias Congénitas Diagnóstico Pré-natal Cuidados de Saúde Impacto RENAC

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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

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