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A abundância de selenometionina, selenito e selenato em alimentos como consumidos

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Selénio - SPASS 2017.pdf119.5 KBAdobe PDF Download

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Este ano (2017), celebra-se o aniversário da descoberta do micronutriente selénio (Se), que foi pela primeira vez identificado pelo químico sueco Jacob Berzelius. Posteriormente, Klaus Schwarz with Foltz provaram que o Se é um nutriente essencial para o normal crescimento e reprodução dos animais e do homem. A maioria das enzimas dependentes de Se, já foram identificadas em várias funções biológicas, tal como regulação da resposta inflamatória, propriedades antioxidantes, através da regulação das espécies reativas de oxigénio (ROS) e do estado redox, e promoção da proliferação/diferenciação das células imunes. A deficiência de Se foi associada, a uma miríade de patologias, sendo de referir o aumento do risco de doenças não transmissíveis como o cancro – incluindo da tiróide – infeções e estados de imunodepressão, infertilidade masculina, diabetes, doenças de Alzheimer e Parkinson, perturbações do humor, doença de Keshan e doença de Kashin-Beck. A carência grave de Se associa-se a disfunção muscular e cardiomiopatia. Estudos no âmbito da relação do Se com o controlo glicémico, Diabetes Mellitus gestacional e hipertrofia adipocitária ainda têm resultados controversos e necessitam de mais estudos para provar a sua correlação. A interdependência entre os teores de selénio presentes nos alimentos e a redução de toxicidade do arsénio são também descritos na literatura em particular nos últimos anos. Segundo o IOM, nos EUA, e outros artigos da literatura referem que a ingestão alimentar recomendada é de 55μg/dia para um adulto. E a dose máxima admissível (UL) é o nível mais alto de ingestão diária de nutrientes suscetível de não representar qualquer risco de efeitos adversos, em quase todos os indivíduos, sendo importante que todos os indivíduos da população sejam aconselhados para não exceder esta dose – 400 μg/dia. Os alimentos são a fonte principal de selénio. Porém a biodisponibilidade deste oligoelemento está dependente da espécie química presente no alimento. Em Portugal existem poucos dados sobre o perfil de selénio nos alimentos. O objetivo deste estudo foi determinar a abundância de selenometionina (SeMet), selenito (Se IV) e selenato (SeVI) em leite e pescado como consumido pelos portugueses. As amostras foram recolhidas seguindo a metodologia adotada no projeto TDS – Exposure. Recorreu-se à técnica hifenada de HPLC-ICP-MS precedida da extração das espécies, por métodos enzimáticos, da matriz alimentar. Os ensaios foram realizados em condições de controlo da qualidade que refletem os requisitos da Norma 17025:2005. A SeMet foi a espécie predominante, em todos os alimentos analisados. No leite foram encontradas ambas as espécies inorgânicas. No pescado o Se (VI) foi a única espécie inorgânica encontrada. Este estudo foi muito importante porque possibilitou conhecer o perfil das espécies de selénio presentes em alimentos como consumidos, sendo um parâmetro que irá permitir estimar o aporte de selénio, com maior rigor. A importância das estratégias analíticas aplicadas para a quantificação e identificação das espécies de selénio serão objeto de estudos futuros.

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Selénio Especiação HPLC-ICP-MS Alimentos Composição dos Alimentos

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