Browsing by Issue Date, starting with "2019-11-28"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação da qualidade microbiológica de peças de sushi prontas para consumoPublication . Alegria, S.; Furtado, R.; Barreira, M.J.; Coelho, A.; Marcos, S.; Saraiva, M.; Ramos, S.O sushi, prato tradicional japonês cada vez mais consumido em Portugal, é geralmente preparado à base de arroz acidificado com vinagre e ingredientes crus, como pedaços de peixe, mariscos, frutos, e vegetais colocados sobre o arroz moldado ou embrulhados com o arroz em algas marinhas (nori). Como contém componentes perecíveis crus e muito manipulados, na qualidade microbiológica do sushi tem uma forte interferência a qualidade microbiológica de cada ingrediente e o cumprimento rigoroso das boas práticas de higiene e de fabrico e do prazo de vida útil. À exceção do arroz que é cozido, arrefecido e acidificado com vinagre de modo a atingir um valor de pH < 4,6 todos os ingredientes que compõem este prato são normalmente servidos crus, sem qualquer tipo de tratamento térmico, que elimine eventuais microrganismos patogénicos presentes, características que contribuem para que este alimento pronto para consumo seja visto como um produto potencialmente perigoso para populações com baixa imunidade. Este trabalho teve como objetivo estudar a nível microbiológico refeições de sushi prontas para consumo, adquiridas em dois estabelecimentos comerciais (1 restaurante e 1 hipermercado) na região de Lisboa, na modalidade de take-away. Foram recolhidas 62 amostras, constituídas cada uma por oito unidades de sushi (31 no restaurante e 31 no hipermercado). As amostras foram conservadas até ao laboratório refrigeradas (1 a 8 ºC) e no laboratório foram mantidas entre 1- 4 ºC até serem analisadas. Os ensaios realizaram-se dentro do prazo de validade estabelecido no rótulo do produto. Em cada amostra foram efetuados ensaios para contagem de: microrganismos a 30 oC, Enterobacteriaceae, Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva, Bacillus cereus e para pesquisa de: Salmonella spp., Listeria monocytogenes e V. parahaemolyticus, V. cholerae e V. vulnificus. O nível da qualidade microbiológica foi interpretado com base nos Valores-guia INSA de Setembro de 2019. Uma avaliação global das 62 amostras, revelou que em 10/62 (16,1%) os resultados analíticos foram interpretados como Satisfatórios, em 22/62 (35,5%) Questionáveis e em 30/62 (48,4%) Não satisfatórios, não tendo sido detetada a presença de microrganismos patogénicos em nenhuma das amostras. Contudo, no decurso da Pesquisa de Vibrio foi identificada (sistemaVITEK® MS), a presença de espécies de Aeromonas, nomeadamente A. caviae e A. hydrophila, bactérias potencialmente patogénicas quando em número elevado e frequentemente presentes em produtos do mar. O elevado nível de amostras classificadas com um nível da qualidade microbiológica “Questionável” e “Não satisfatório” evidencia a necessidade de rever os sistemas de gestão de segurança alimentar implementados de forma a determinar a análise de causas e implementar novos pontos de controlo, que sejam eficazes para obter um produto final com o nível de qualidade pretendido. Considerando as características particulares desta categoria de géneros alimentícios, é ainda de salientar a importância dos operadores que produzem/comercializam este tipo de alimentos implementarem programas de vigilância microbiológica que os ajude a estabelecer o sistema de gestão da segurança alimentar eficaz, e informarem os consumidores que o consumo destes produtos deverá ser evitado por populações pertencentes a grupos de risco (ex. indivíduos cujo sistema imunitário se encontre comprometido entre os quais grávidas, crianças, idosos).
- Cancro da mama hereditário: dupla heterozigotia para variantes patogénicas nos genes BRCA1 e ATMPublication . Theisen, Patrícia; Rodrigues, Pedro; Silva, Catarina; Ribeiro, Leonor; Carreiro, Helena; Gervásio, Helena; Vieira, Luís; Gonçalves, JoãoIntrodução/objetivos: O cancro da mama hereditário (CMH) representa 5-10% dos casos de cancro da mama, destes ~30% devem-se a variantes patogénicas germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2. Vários outros genes de suscetibilidade para CMH têm sido identificados, com diferentes graus de penetrância. A determinação da causa genética subjacente ao CMH permite identificar os indivíduos com risco aumentado de desenvolver tumores, os quais podem beneficiar de medicina personalizada, e também oferecer o teste genético preditivo a familiares em 1º grau, após aconselhamento genético. A sequenciação de nova geração (NGS) veio revolucionar o diagnóstico molecular do CMH proporcionando alta eficiência e baixos custos, usando painéis multigénicos. Neste trabalho, utilizou-se a NGS para sequenciar um painel de genes de suscetibilidade para CMH numa doente com história pessoal de cancro da mama e ovário e história familiar de cancro do lado materno e paterno. Métodos: NGS com preparação das bibliotecas de sequências-alvo a partir de DNA genómico (protocolo Trusight Cancer - TruSight Rapid Capture, Illumina) e sequenciação no MiSeq (Illumina). Análise bioinformática efetuada com os programas MiSeq Reporter, Enrichment e Variant Studio (Illumina), Alamut Visual e Integrative Genomics Viewer. As variantes patogénicas identificadas por NGS nos genes BRCA1 e ATM foram confirmadas por sequenciação de Sanger. Resultados: Foi identificado um caso raro de dupla heterozigotia para as variantes patogénicas BRCA1: c.2037delinsCC, p.(Lys679Asn*4) e ATM: c.3802delG, p.(Val1268*). A pesquisa destas variantes num familiar com cancro da mama e em dois familiares em 1º grau saudáveis, após aconselhamento genético, permitiu diagnosticá-los como portadores de uma ou de ambas as variantes. Conclusões: A NGS de um painel de genes de suscetibilidade para CMH permitiu identificar um caso raro de dupla heterozigotia para variantes patogénicas nos genes BRCA1 e ATM. Esta abordagem analítica foi crucial pois possibilitou um aconselhamento genético orientado em função das variantes identificadas e do risco de desenvolvimento de tumores associados a uma ou a ambas as variantes. Este caso demonstra a vantagem da sequenciação de um painel multigénico face à análise molecular limitada aos genes BRCA1 e BRCA2.
- Low 2018/19 vaccine effectiveness against influenza A(H3N2) among 15-64-year-olds in Europe: exploration by birth cohortPublication . Kissling, Esther; Pozo, Francisco; Buda, Silke; Vilcu, Ana-Maria; Gherasim, Alin; Brytting, Mia; Domegan, Lisa; Gómez, Verónica; Meijer, Adam; Lazar, Mihaela; Vučina, Vesna Višekruna; Dürrwald, Ralf; van der Werf, Sylvie; Larrauri, Amparo; Enkirch, Theresa; O’Donnell, Joan; Guiomar, Raquel; Hooiveld, Mariëtte; Petrović, Goranka; Stoian, Elena; Penttinen, Pasi; Valenciano, Marta; I-MOVE primary care study teamIntroduction: Influenza A(H3N2) clades 3C.2a and 3C.3a co-circulated in Europe in 2018/19. Immunological imprinting by first childhood influenza infection may induce future birth cohort differences in vaccine effectiveness (VE). Aim: The I-MOVE multicentre primary care test-negative study assessed 2018/19 influenza A(H3N2) VE by age and genetic subgroups to explore VE by birth cohort. Methods: We measured VE against influenza A(H3N2) and (sub)clades. We stratified VE by usual age groups (0–14, 15–64, ≥ 65-years). To assess the imprint-regulated effect of vaccine (I-REV) hypothesis, we further stratified the middle-aged group, notably including 32–54-year-olds (1964–86) sharing potential childhood imprinting to serine at haemagglutinin position 159. Results: Influenza A(H3N2) VE among all ages was −1% (95% confidence interval (CI): −24 to 18) and 46% (95% CI: 8–68), −26% (95% CI: −66 to 4) and 20% (95% CI: −20 to 46) among 0–14, 15–64 and ≥ 65-year-olds, respectively. Among 15–64-year-olds, VE against clades 3C.2a1b and 3C.3a was 15% (95% CI: −34 to 50) and −74% (95% CI: −259 to 16), respectively. VE was −18% (95% CI: −140 to 41), −53% (95% CI: −131 to −2) and −12% (95% CI: −74 to 28) among 15–31-year-olds (1987–2003), 32–54-yearolds (1964–86) and 55–64-year-olds (1954–63), respectively. Discussion: The lowest 2018/19 influenza A(H3N2) VE was against clade 3C.3a and among those born 1964–86, corresponding to the I-REV hypothesis. The low influenza A(H3N2) VE in 15–64-year-olds and the public health impact of the I-REV hypothesis warrant further study.
- Impact of national influenza vaccination strategy in severe influenza outcomes among the high-risk Portuguese populationPublication . Machado, Ausenda; Kislaya, Irina; Larrauri, Amparo; Matias Dias, Carlos; Nunes, BaltazarAll aged individuals with a chronic condition and those with 65 and more years are at increased risk of severe influenza post-infection complications. There is limited research on cases averted by the yearly vaccination programmes in high- risk individuals. The objective was to estimate the impact of trivalent seasonal influenza vaccination on averted hospitalizations and death among the high-risk population in Portugal. The impact of trivalent seasonal influenza vaccination was estimated using vaccine coverage, vaccine effectiveness and number of influenza related hospitalizations and deaths. The number of averted events (NAE), prevented fraction (PF) and number needed to vaccinate (NVN) were estimated for seasons 2014/15 to 2016/17. Estimates of 2.5 and 97.5 uncertainty percentiles of all impact parameters were obtained through Monte Carlo simulations. The vaccination strategy averted on average approximately 1833 hospitalizations and 231 deaths. Highest NAE were observed in the ≥65 years population (85% of hospitalizations and 95% deaths) and in 2016/17 season (1957 hospitalizations and 257 deaths). On average, seasonal vaccination prevented 21% of hospitalizations in the population aged 65 and more, and 18.5% in the population with chronic conditions. The vaccination also prevented 19.5% [11.8-25.4] of deaths in the high-risk population, including individuals <65 years with chronic conditions. It would be needed to vaccinate 3360 high-risk individuals, to prevent one hospitalization and 60874 high-risk individuals to prevent one death. The yearly influenza vaccination had a sustained positive benefit for the high-risk population, reducing hospitalizations and deaths. These results can support public health plans towards increase of vaccine coverage in high risk groups.
