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- Bolachas sem glúten: avaliação da qualidade nutricional com base na declaração nutricionalPublication . Capelas, R.; Costa, H.S.; Oliveira, M.B.P.P.; Albuquerque, T.G.Introdução: Verifica-se, atualmente, uma tendência crescente no consumo de alimentos sem glúten, quer por questões de saúde quer por opção. As alterações necessárias à formulação dos alimentos sem glúten, podem ter um impacto significativo na sua qualidade nutricional. Nesta matéria, as bolachas e os produtos de panificação são dos grupos de maior interesse. Objetivos: Avaliar a qualidade nutricional de bolachas sem glúten com base na informação dos rótulos. Métodos: Foram recolhidas as declarações nutricionais de 119 bolachas sem glúten, a partir dos dados disponibilizados pelos produtores e/ou de plataformas online. Estas foram agrupadas em 9 categorias (recheadas, com pepitas, cobertas, tipo crackers, wafers, manteiga, tortitas, artesanais e simples). Para a avaliação da qualidade nutricional foram selecionados os valores declarados de lípidos, ácidos gordos saturados (AGS) e sal. A análise da conformidade da rotulagem foi realizada de acordo com o Regulamento (UE) n.º 1169/2011 e a avaliação da adequação nutricional teve por base as metas definidas na Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS). Resultados e Discussão: Das 119 bolachas sem glúten: 8 não tinham informação relativa à declaração nutricional para todos os parâmetros em estudo; 16 não tinham valores para o sal e 8 não declaravam valores para os lípidos e AGS. As wafers têm o maior teor de lípidos (30,0 g/100 g) e de AGS (18,2 g/100 g). Em relação ao sal, as crackers apresentam o teor mais elevado (1,80 g/100 g), seguidas das bolachas simples (0,798 g/100 g) e das bolachas cobertas (0,737 g/100 g). De acordo com o EIPAS, é desejável que os produtos alimentares não contenham mais de 0,3 g de sal/100 g. Em todos os grupos, o teor de sal médio foi superior a este valor, exceto para as wafers (0,158 g/100 g). Conclusão: As bolachas sem glúten apresentam teores elevados de gordura e sal, sendo que a ingestão exagerada destes nutrientes pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crónicas. Assim, a definição de estratégias para a reformulação destes alimentos, visando a promoção de uma alimentação mais saudável, revela-se da maior importância, sobretudo porque muitas vezes estes alimentos por serem sem glúten, são considerados como saudáveis pelo consumidor.
- Longitudinal Study of Shiga Toxin-Producing Escherichia coli and Campylobacter jejuni on Finnish Dairy Farms and in Raw MilkPublication . Jaakkonen, Anniina; Castro, Hanna; Hallanvuo, Saija; Ranta, Jukka; Rossi, Mirko; Isidro, Joana; Lindström, Miia; Hakkinen, MarjaanaShiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) and Campylobacter jejuni are notable health hazards associated with the consumption of raw milk. These bacteria may colonize the intestines of asymptomatic cattle and enter bulk tank milk via fecal contamination during milking. We studied the frequency of STEC O157:H7 and C. jejuni contamination in tank milk (n = 785) and the in-line milk filters of milking machines (n = 631) versus the frequency of isolation from cattle feces (n = 257) on three Finnish dairy farms for 1 year. Despite simultaneous isolation of STEC O157:H7 (17%) or C. jejuni (53%) from cattle, these bacteria were rarely isolated from milk filters (2% or <1%, respectively) and milk (0%). As revealed by phylogenomics, one STEC O157:H7 strain at a time was detected on each farm and persisted for ≤12 months despite rigorous hygienic measures. C. jejuni strains of a generalist sequence type (ST-883 and ST-1080) persisted in the herds for ≥11 months, and several other C. jejuni types were detected sporadically. The stx gene carried by STEC was detected more frequently from milk filters (37%) than from milk (7%), suggesting that milk filters are more suitable sampling targets for monitoring than milk. A questionnaire of on-farm practices suggested lower stx contamination of milk when major cleansing in the barn, culling, or pasturing of dairy cows was applied, while a higher average outdoor temperature was associated with higher stx contamination. Because pathogen contamination occurred despite good hygiene and because pathogen detection from milk and milk filters proved challenging, we recommend heat treatment for raw milk before consumption.IMPORTANCE The increased popularity of raw milk consumption has created demand for relaxing legislation, despite the risk of contamination by pathogenic bacteria, notably STEC and C. jejuni However, the epidemiology of these milk-borne pathogens on the herd level is still poorly understood, and data are lacking on the frequency of milk contamination on farms with cattle shedding these bacteria in their feces. This study suggests (i) that STEC contamination in milk can be reduced, but not prevented, by on-farm hygienic measures while fecal shedding is observable, (ii) that milk filters are more suitable sampling targets for monitoring than milk although pathogen detection from both sample matrices may be challenging, and (iii) that STEC and C. jejuni genotypes may persist in cattle herds for several months. The results can be utilized in developing and targeting pathogen monitoring and risk management on the farm level and contributed to the revision of Finnish legislation in 2017.
- Editorial: Parasites and CancerPublication . Botelho, Monica C.; Richter, JoachimEmerging evidence indicates that certain parasites such as the blood fluke Schistosoma haematobium, and small liver flukes Opisthorchis viverrini and Clonorchis sinensis are causative agents of malignancies such as bladder cancer caused bv schistosomes and cholangiocarcinoma by liver flukes. In many endemic regions these helminths are responsible for the majority of cancer cases. Parasites, other than helminths, are also associated with cancers, such as Theileria, an intracellular eukaryotic parasite. On the contrary, some parasite infections or molecules seem to display protective effects on some cancers, such as is the case with Echinococcus. Therefore, understanding how these parasites cause/promote or hinder oncogenesis in humans will aid to develop novel strategies for controlling the parasitosis and for preventing and treating the infection-associated malignancy. The Infectious Diseases—Surveillance, Prevention, and Treatment section of the journal Frontiers in Medicine, in partnership with the journal Frontiers in Public Health, hosted the first Research Topic on Parasites and Cancer with the aim to facilitate global parasites infectionassociated cancer elimination through scientific advances. Nearly 40 authors, representatives from Australia, Brazil, Ethiopia, Germany, Portugal, United States, and Thailand, participated in this Research Topic covering all continents of the world. Some of these authors are the most cited in the field of parasites and cancer: Ross H. Andrews, Paul Brindley, Michael H. Hsieh, Alex Loukas, Donald McManus, Trevor N. Petney, Paiboon Sithithaworn, and Puangrat Yongvanit. (...)
- Teor de ácidos gordos trans em bolachas e produtos de pastelaria/panificação: comparação com as metas do EIPASPublication . Albuquerque, T.G.; Oliveira, M.B.P.P.; Costa, H.S.Introdução: A Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS) recomenda a monitorização do teor de ácidos gordos trans (AGT) em bolachas, produtos de pastelaria, batatas fritas, cereais de pequeno-almoço, cremes de chocolate para barrar e margarinas. As bolachas e produtos de pastelaria são amplamente consumidos pela população de todas as faixas etárias, quer seja como um snack, lanche ou parte do pequeno-almoço. No entanto, estes alimentos são reconhecidos como uma fonte de açúcar e gordura (saturada e trans). Objetivos: Avaliar o teor de AGT em bolachas e produtos de pastelaria comercializados em Portugal e comparar os resultados com as metas definidas pelo EIPAS. Métodos: O teor de AGT foi determinado analiticamente (cromatografia gasosa com deteção por ionização de chama) em 91 produtos de pastelaria/panificação e bolachas, distribuídos em 11 categorias: bolachas doces simples, biscoitos, wafers, bolachas cobertas, bolachas recheadas, produtos de pastelaria fina, tortas, pães doces, croissants, bolachas salgadas simples e pães salgados. Resultados e Discussão: De acordo com o EIPAS é desejável que o teor de AGT nos alimentos não seja superior a 2 g/100 g de gordura. O grupo com os menores teores de AGT foi o das bolachas cobertas (média = 0,331 g/100 g de gordura). Verificou-se que 98% (n=89) dos produtos analisados apresentam teores de AGT <2 g/100 g de gordura. As bolachas do tipo belgas foram as que apresentaram os teores mais elevados de AGT (5,25 e 4,78 g/100 g de gordura). Conclusão: A maioria dos produtos analisados apresenta teores de AGT inferiores às metas fixadas no EIPAS. Em parte, estes resultados, podem estar relacionados com o facto de a indústria utilizar, cada vez mais, gorduras de origem vegetal. Dado o impacto que o consumo excessivo de alimentos ricos em AGT pode ter na Saúde Pública, é de todo o interesse, identificar estratégias para reformular os produtos que ultrapassam os limites preconizados, e serem disponibilizados alimentos nutricionalmente mais equilibrados.