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- Nanomaterials versus ambient ultrafine particles: an opportunity to exchange toxicology knowledgePublication . Stone, Vicki; Miller, Mark R.; Clift, Martin J.D.; Elder, Alison; Mills, Nicholas L.; Møller, Peter; Schins, Roel P.F.; Vogel, Ulla; Kreyling, Wolfgang G.; Alstrup Jensen, Keld; Kuhlbusch, Thomas A.J.; Schwarze, Per E.; Hoet, Peter; Pietroiusti, Antonio; De Vizcaya-Ruiz, Andrea; Baeza-Squiban, Armelle; Teixeira, João Paulo; Tran, C. Lang; Cassee, Flemming R.BACKGROUND: A rich body of literature exists that has demonstrated adverse human health effects following exposure to ambient air particulate matter (PM), and there is strong support for an important role of ultrafine (nanosized) particles. At present, relatively few human health or epidemiology data exist for engineered nanomaterials (NMs) despite clear parallels in their physicochemical properties and biological actions in in vitro models. OBJECTIVES: NMs are available with a range of physicochemical characteristics, which allows a more systematic toxicological analysis. Therefore, the study of ultrafine particles (UFP, <100 nm in diameter) provides an opportunity to identify plausible health effects for NMs, and the study of NMs provides an opportunity to facilitate the understanding of the mechanism of toxicity of UFP. METHODS: A workshop of experts systematically analyzed the available information and identified 19 key lessons that can facilitate knowledge exchange between these discipline areas. DISCUSSION: Key lessons range from the availability of specific techniques and standard protocols for physicochemical characterization and toxicology assessment to understanding and defining dose and the molecular mechanisms of toxicity. This review identifies a number of key areas in which additional research prioritization would facilitate both research fields simultaneously. CONCLUSION: There is now an opportunity to apply knowledge from NM toxicology and use it to better inform PM health risk research and vice versa.
- Programa Nacional de Vigilância da Gripe: relatório da época 2016/2017Publication . Guiomar, Raquel; Pechirra, Pedro; Cristóvão, Paula; Costa, Inês; Conde, Patrícia; Rodrigues, Ana Paula; Silva, Susana Pereira; Kislaya, Irina; Nunes, Baltazar; Direcção-Geral da Saúde, Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da GripeO Programa Nacional de Vigilância da Gripe assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. A componente clínica possibilita o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe o que permite detetar e caraterizar os vírus da gripe em circulação em cada inverno. Durante o inverno 2016/2017, a epidemia de gripe ocorreu mais cedo do que o habitual em anos anteriores, tendo-se observado uma atividade gripal de moderada intensidade. Salienta-se, no entanto, que durante o período de maior atividade gripal, o grupo etário com 65 ou mais anos de idade foi o mais atingido. O período epidémico ocorreu entre a semana 49/2016 (dezembro) e a semana 2/2017 (janeiro) e o valor mais elevado da taxa de incidência semanal de síndrome gripal (113,3/100.000) foi observado na semana 51/2016. A circulação do vírus da gripe foi detetado em co circulação com os outros vírus respiratórios. O vírus da gripe A(H3) foi o predominante tal como o observado nos restantes países europeus. Em Portugal foi identificado em 99,6% dos casos de gripe confirmados laboratorialmente. Foram detetados com menor frequência os vírus da gripe do tipo B e do subtipo A(H1)pdm09. Observou-se uma elevada diversidade genética entre os vírus circulantes. Os vírus influenza A(H3) pertenciam a 3 grupos genéticos distintos (3C.2a, 3C.2a1 e 3C.3a). A maioria dos vírus do subtipo A(H3) mostrou-se semelhante à estirpe vacinal 2016/2017, no entanto alguns vírus apresentaram alterações que os distinguem da estirpe vacinal (A/Hong Kong/4801/2014). Os vírus A(H1)pdm09 detetados mostraram-se antigenicamente semelhante à estirpe vacinal A/California/7/2009. Os vírus influenza B revelaram alguma variabilidade genética quando comparado com a estirpe vacinal. A avaliação da resistência aos antivirais inibidores da neuraminidase, revelou uma susceptibilidade normal dos vírus influenza A e B ao oseltamivir e zanamivir. A situação verificada em Portugal é semelhante à observada a nível europeu e mundial. A nível hospitalar, foi nos indivíduos adultos, com mais de 64 anos que se detetou uma maior percentagem de casos de gripe, o que está de acordo com o observado em épocas anteriores quando circulou o vírus da gripe do subtipo A(H3). Foi também nos doentes mais velhos (≥ 65 anos) que se verificou a maior taxa de internamento hospitalar e em unidades de cuidados intensivos. A febre, as cefaleias, as mialgias, a tosse e os calafrios foram os sintomas mais frequentemente associados a casos de gripe confirmados laboratorialmente. Foram estudados os doentes crónicos e as mulheres grávidas que constituem grupos de risco para a infeção pelo vírus da gripe. Foi nos doentes com obesidade, diabetes e doença respiratória crónica que se observou a maior proporção de casos de gripe confirmada laboratorialmente, seguindo-se dos indivíduos com doença cardiovascular e doença renal crónica. Nas mulheres grávidas foi observada uma maior proporção de casos de infeção pelo vírus da gripe quando comparadas com mulheres do mesmo grupo etário não grávidas. A vacina como a principal forma de prevenção da gripe é fortemente recomendada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde. Foi reportada em 17,1% dos casos notificados, valor superior ao observado na época 2015/2016. A deteção do vírus da gripe ocorreu em 17,1% dos casos vacinados e sujeitos a diagnóstico laboratorial estando essencialmente associados ao vírus da gripe A(H3). A confirmação de gripe em indivíduos vacinados poderá estar relacionada com uma moderada efetividade da vacina antigripal na população em geral e em indivíduos com idade superior a 64 anos. A pesquisa de outros vírus respiratórios nos casos de SG negativos para o vírus da gripe, veio revelar a circulação e o envolvimento de outros agentes virais respiratórios em casos de SG. Os vírus respiratórios foram detetados durante todo o período de vigilância da gripe, entre a semana 37/2016 e a semana 12/2017. O rinovírus, o coronavírus humano e o RSV foram os mais frequentemente detetados. A deteção de vírus respiratórios atingiu proporções mais elevadas nas crianças até aos 4 anos e entre os 5-14 anos de idade. O coronavírus e o vírus para influenza foram identificados em maior proporção no grupo dos adultos com mais de 45 anos. As infeções por dois ou mais agentes virais foram detetadas com baixa frequência. A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe, efetuou o diagnóstico da gripe em 8113 casos de infeção respiratória tendo sido o vírus influenza detetado em 1702 destes casos. Em 66,7% dos casos de gripe foi detetado o vírus influenza A(H3). Os vírus da gripe do tipo B e do subtipo A(H1)pdm09 foram detetados esporadicamente. Em 1571 casos de infeção respiratória foram identificados outros vírus respiratórios sendo o RSV, os picornavírus (hRV, hEV e picornavírus) e as bactérias os mais frequentes e em co circula- ção com o vírus da gripe. A grande maioria destes casos foi identificada nas crianças com idade inferior a 4 anos. Durante a época de gripe 2016/2017 o número de óbitos por “todas as causas” esteve acima do limite superior do intervalo de confiança a 95% da linha de base entre a semana 51 de 2016 e a semana 5 de 2017, estimando-se um excesso de 4.467 óbitos em relação ao esperado. Tal corresponde a uma taxa de 43 óbitos por cada 100.000 habitantes e a um excesso relativo de 27%. O excesso de óbitos foi observado em ambos os sexos, com um excesso relativo mais elevado no sexo feminino (30% versus 23%) e a partir dos 45 anos. Todas as regi- ões de saúde de Portugal continental apresentaram excessos de mortalidade. O período em que se verificou o excesso de mortalidade coincidiu com um período epidémico da gripe e com um período em que se registaram temperaturas extremamente baixas, estimando-se que 84% dos excessos sejam atribuíveis à epidemia de gripe sazonal e 16% à vaga de frio. O excesso de mortalidade foi igualmente verificado em outros países europeus. Na época 2016/2017 participaram na vigilância da gripe em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) 29 UCI pertencentes a 24 hospitais. Durante a época foram reportados 127 casos de gripe. A proporção de admissões por gripe em UCI aumentou abruptamente a partir da semana 47, atingiu o máximo na semana 52 (11,6%), seguindo-se um decréscimo até à linha de base, na semana 9. O vírus influenza A foi identificado em todos os casos. Das 50% de amostras subtipadas, 98% foram identificadas como A(H3N2). Verificou-se que 75% dos doentes tinha 65 ou mais anos e 90% doença crónica subjacente, sendo a patologia cardiovascular mais frequente (63%), seguida da respiratória (53%) e diabetes (35%). Um terço dos doentes estava vacinado contra a gripe sazonal, valor superior ao estimado em épocas anteriores. Foi prescrita terapêutica com oseltamivir a cerca de 90% dos doentes, 75% necessitou de ventilação mecânica invasiva e 3% teve suporte de oxigenação por membrana extracorporal. O diagnóstico de gripe foi confirmado no próprio dia da admissão em UCI, em 60% dos casos, valor superior ao da época anterior (44%). Em cerca de metade dos doentes, a duração da hospitalização foi inferior a 5 dias. A taxa de letalidade foi estimada em 29%, valor semelhante ao da época anterior, mas a incidência no grupo com 65 e mais anos quase triplicou nesta época (91%). Este sistema de vigilância da gripe sazonal em UCI poderá ser aperfeiçoado nas próximas épocas, reduzindo a subnotificação e melhorando o preenchimento dos campos necessários ao estudo da doença. A época de vigilância da gripe 2016/2017 foi em muitas caraterísticas comparável ao descrito na maioria dos países europeus. A situação em Portugal destacou-se pelo início precoce da circulação do vírus e do início da epidemia anual da gripe. De forma semelhante aos restantes países europeus o vírus da gripe predominante foi do subtipo A(H3) associado a uma intensidade da epidemia moderada a alta. Verificou-se um excesso de mortalidade por todas as causas, essencialmente no grupo dos indivíduos mais fragilizados e com idade acima do 65 anos, fenómeno descrito anteriormente associado a épocas de predomínio de circulação do vírus influenza A(H3). O conhecimento das caraterísticas da epidemia da gripe, do seu desenvolvimento e dos vírus da gripe circulantes são essenciais para a implementação de medidas de prevenção e de controlo da doença em cada inverno.
