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- Programa Nacional de Vigilância da Gripe: relatório da época 2014/2015Publication . Guiomar, Raquel; Costa, Inês; Cristóvão, Paula; Pechirra, Pedro; Rodrigues, Ana Paula; Nunes, Baltazar; Direção-Geral da Saúde. Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe[pt] O Programa Nacional de Vigilância da Gripe assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. A componente clínica possibilita o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe o que permite detetar e caraterizar os vírus da gripe em circulação em cada inverno. Na época de vigilância da gripe de 2014/2015 a atividade gripal foi considerada de elevada intensidade atingindo o valor máximo de 175,3 casos de SG por 100 000 habitantes na semana 1/2015. O período epidémico teve a duração de 8 semanas prolongando-se entre as semanas 1 e 8/2015 (que correspondem aos meses de janeiro e fevereiro). O vírus influenza B circulou de forma predominante, com especial destaque no início do período epidémico. Mais tardiamente verificou-se a co-circulação do vírus influenza do tipo B com o vírus influenza A(H3). O vírus influenza A(H1)pdm09, foi detetado esporadicamente e em numero reduzido. A análise antigénica e genética dos vírus influenza A(H3) e B que circularam durante a presente época mostrou diferenças relativamente às estirpes vacinas de 2014/2015, situação verificada igualmente nos restantes países Europeus. Situação que originou a atualização da composição da vacina antigripal para a época 2015/2016. A avaliação da resistência aos antivirais inibidores da neuraminidase, revelou uma susceptibilidade normal dos vírus influenza A e B ao oseltamivir e zanamivir. A percentagem mais elevada de casos de gripe foi verificada no grupo etário das crianças com idade compreendida entre os 5 e os 14 anos seguidos dos adolescentes e jovens adultos dos 15 aos 44 anos. A febre, as cefaleias, a tosse e os calafrios foram os sintomas mais frequentemente associados a casos de gripe confirmados laboratorialmente. No grupo dos doentes com doença crónica foi nos que apresentam doença respiratória crónica cardiovascular, obesidade e doença respiratória crónica que a percentagem de vírus da gripe detetados foi mais elevada. A vacinação antigripal foi referida em 14% dos casos notificados. De entre os que foram analisados laboratorialmente 37% revelaram-se positivos para o vírus da gripe. Os antivirais foram prescritos a um número reduzido de doentes (8.0%) dos quais 63.0% referiam pelo menos a presença de uma doença crónica. A pesquisa de outros vírus respiratórios nos casos de SG negativos para o vírus da gripe, veio revelar a circulação de e o envolvimento de outros agentes virais respiratórios em casos de SG. O hRV, RSV, PIV e hCoV foram os agentes mais frequentemente detetados, para além do vírus da gripe no inverno 2014/15. A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe detetou o vírus influenza em 771 casos. Os vírus influenza do tipo A representaram uma maior percentagem de casos de gripe detetados em doentes internados (57,2%) quando comparados com os casos em ambulatório e em UCI. Durante a época de gripe 2014-2015 o número de óbitos por “todas as causas” esteve acima do limite superior de confiança a 95% da linha de base entre a semana 1 de 2015 e a semana 9 de 2015, correspondendo a um excesso de 5.591 óbitos em relação ao esperado, a uma taxa de 54 óbitos por cada 100.000 habitantes e a um excesso relativo de 17%. Desta forma, estima-se que 76% dos excessos tenham sido atribuídos à epidemia de gripe sazonal, tendo sido a sua maioria associados a indivíduos com mas de 65 anos. No âmbito da vigilância da gripe em UCI, verificou-se codominância dos vírus Influenza A e B. A maior parte dos doentes (60%) tinha mais de 64 anos e 80% tinha, pelo menos, uma doença crónica subjacente, que poderá ter contribuído para agravar a gripe. A taxa de letalidade foi estimada em 23,7%, quase o dobro da que tinha sido estimada para a época anterior. A época de vigilância da gripe 2014/2015 foi em muitas caraterísticas comparável ao descrito na maioria dos países europeus. A situação em Portugal destacou-se pela elevada intensidade da atividade gripal, pelo predomínio do vírus da gripe do tipo B e a sua deteção no início do período epidémico. Foi verificado um excesso de mortalidade por todas as causas num período coincidente com a epidemia da gripe, fenómeno igualmente observado em mais de uma dezena de países europeus. A maioria dos vírus influenza A e B são genética e antigénicamente distintos das estirpe vacinais. Este facto conduziu à atualização da composição da vacina antigripal para a época 2015/2016.
- Influenza vaccine effectiveness in Portugal: season 2014/2015 reportPublication . Machado, Ausenda; Ambrósio Rodrigues, Ana Paula; Guiomar, Raquel; Pechirra, Pedro; Nunes, Baltazar[eng] Background: The EuroEVA project is the Portuguese component of the multicentre I-MOVE study. The results to be presented are related to the 7th EuroEVA season and aimed the estimation of 2014-15 end of season influenza vaccine effectiveness in i) all age groups; ii) by risk group; iii) by influenza subtype and thus contribute to monitor VE estimates every year. Material and methods: The “Protocol for case-control studies to measure seasonal influenza vaccine effectiveness in the European Union and European Economic Area Member States- Portuguese site study version” was implemented entirely with no changes to be added. VE was estimated as one minus the odds ratio of being vaccinated in cases versus controls adjusted for confounders by logistic regression. Potential confounders were investigated and included if they changed crude OR estimate in at least 10% after adjustment by the Mantel-Haenszel method. Results: In Portugal, influenza epidemic occurred between week 1/2015 and week 8/2015 and had a medium- high intensity. Both B and A(H3) virus were circulating, but with dominance of the first one. A(H1)pdm09 was only detected sporadically. From the 50 GP’s that accepted to participate in the study, 31 GP’s effectively participated in the study by selecting patients (which corresponds to a 62% participation rate). A total of 268 ILI patients were enrolled, each GP recruited in average 8.6 patients. After excluding 19 ILI patients the final sample for analyses consisted on 249 ILI patients (147 cases and 102 controls). From the cases, 68% were positive for type B virus, Yamagata lineage, 31% were positive for influenza A (H3) and 1% for A(H1)pdm09. Antigenic and genetic analysis indicated that influenza A(H3) viruses were genetically and antigenically different from the 2014/2015 vaccine strain, most of them belonging to the new virus cluster 3C.2a. Detected influenza B viruses belong to the same lineage (Yamagata) of the strain represented in the 2014/2015 influenza vaccine. Comparing cases and controls, we verified that they were statistically different in relation to: - Age: controls were older than cases (median age in controls was 51 yrs vs. 44 yrs in cases); - Any chronic disease: the prevalence of at least one chronic condition relevant for influenza vaccination was higher in controls (44.1% vs 28.1%); - Seasonal vaccine in 2013-14: controls were more often vaccinated against influenza in the last season than cases (28.4% vs. 12.3%); - Help bathing: controls needed more help for bathing than cases (0% in cases vs 4.1% in controls). Overall results indicated that vaccine coverage (VC) in controls was statistically higher (p<0.001) than in cases (VC controls=30.7% and VC cases=11.0%). Similar results were obtained for the target group for vaccination by the National Health Authorities (VC cases=26.8% and VC controls=54.9%, p=0.003). Restricting the analysis to type B virus (Yamagata lineage), VC was statistically (p=0.001) higher in controls than in cases (30.7% vs 8.1% in all ILI cases and 53.9% vs 20.0% in the target group). After adjustment for age, chronic disease and month of illness onset, VE adjusted estimates in all population was 63.4% (95% CI: 16.2%; 84.0%). In the target group for vaccination, after adjustment, VE estimates was 65.0% (95% CI: 8.1%; 86.7%). Restricting to B Yamagata cases, similar VE estimates were obtained for all population and target group: VE all population = 78.5% (95% CI: 39.5; 92.4); VE target group = 79.6% (95CI: 34.7; 93.6). Although all crude and adjusted VE estimates were statistically significant, low precision was observed. Conclusions: The 2014-2015 season adjusted VE estimates against B/Yamagata was approximately 79% (statistically significant but low precision). No VE estimates against A(H3) were obtained due to small sample size. All influenza B belonged to genetic group 3, different from genetic group 2, represented by B/Massachusets/02/2012 vaccine strain but antigenically these strains are related. This fact is in line with a moderate/high VE for influenza B in 2014-15 season.
- Vacinação antigripal da população portuguesa na época 2014/2015: estudo da amostra ECOSPublication . Sousa-Uva, Mafalda; Nunes, Baltazar; Roquette, Rita; Rodrigues, Ana Paula; Dias, Carlos MatiasDando continuidade ao trabalho desenvolvido desde a época de 1998-1999, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do Departamento de Epidemiologia, estudou a cobertura da vacinação antigripal sazonal (VAGS) na época de 2014-2015. Os objetivos foram: 1) Estimar a taxa de cobertura da população portuguesa pela VAGS na época gripal de 2014-2015 e 2) Caraterizar a prática da VAGS relativamente ao local de vacinação. O estudo epidemiológico, transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde), em Novembro de 2014 (2176 indivíduos). A cobertura bruta da população pela VAGS foi 17,1% (IC95%: 14,1 % a 20,7%) que é pontualmente equivalente ao estimado na época anterior 17,1% (IC95%: 14,4 % a 20,1%). A cobertura pela VAGS na população com 65 ou mais anos de idade foi 50,9% (IC95%: 40,2% a 61,5%), o que representa um aumento absoluto de 1% em comparação com a estimativa de cobertura pela VAGS, obtida para este grupo etário, na época anterior 2013-2014 de 49,9% (IC95%: 41,5% a 58,2%). A vacinação antigripal sazonal decorreu, principalmente, nos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), 62,1% de todos os respondentes (75,3% dos respondentes com 65 e mais anos), seguido pela farmácia, 25,8% dos respondentes (18,8% dos respondentes com 65 e mais anos), o que representa uma inversão da distribuição observada desde o início da autorização da administração das vacinas nas farmácias iniciada em 2008. A amostra ECOS revela-se adequada na monitorização das tendências da cobertura da VAGS e na deteção de alterações no padrão epidemiológico após implementação de medidas tais como a gratuitidade da vacina à população idosa nos centros de saúde.
- 4ª Reunião Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal - época 2014/2015 : resumos das comunicações oraisPublication . Guiomar, Raquel; Falcão, Isabel; Rodrigues, Ana Paula; Rodrigues, Emanuel; Meneses de Almeida, Lúcio; Won, MiguelResumo das comunicações orais apresentadas na reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal. Esta reunião pretende divulgar os resultados da vigilância clínica e laboratorial da época 2014/2015, incluindo informação sobre casos graves, mortalidade e severidade, sistemas de deteção precoce da epidemia de gripe, vacinação antigripal, bem como estratégias de intervenção em saúde pública em situações de baixa efetividade vacinal. Serão também apresentados temas relacionados com a vigilância da gripe aviária e a situação atual do Síndrome Respiratória do Médio oriente (MERS-CoV).
