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- A Saúde dos Imigrantes. Inquérito Nacional de Saúde 2005-2006Publication . Dias, Carlos Matias; Paixão, Eleonora; Branco, Maria João; Falcão, José MarinhoEste relatório contem os resultados de uma análise secundária dos dados obtidos através do Quarto Inquérito Nacional de Saúde à população Portuguesa (4ºINS), realizado entre Fevereiro de 2005 e Fevereiro de 2006 pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em parceria com o Instituto Nacional de Estatística, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde. Comparou-se a distribuição de indicadores de estado de saúde, morbilidade, utilização de cuidados de saúde e determinantes de saúde, entre a população que, residindo em Portugal, é natural de outro país e a população natural e residente em Portugal. Apresentam-se valores populacionais, obtidas através da análise ponderada dos dados amostrais, assim como valores amostrais e valores padronizados para a idade. Relevam-se alguns resultados. Caracterização sócio-demografica: Cerca de 6,3% da população estudada era imigrante, da qual um pouco mais de um quarto (27,5%) residia em Portugal há 5 anos ou menos e cerca de um quinto (19,5%) há 30 anos ou mais. A população imigrante tinha uma maior proporção de homens (imigrantes: 50,6%; portugueses: 47,5%), uma estrutura etária mais jovem, com mais de metade no grupo etário 25-44 anos (imigrantes: 51,7%; portugueses: 29,4%) e uma maior proporção de indivíduos com 10 ou mais anos de escolaridade (imigrantes: 43,2%; portugueses: 23,5%). A população imigrante revelou, também, uma proporção mais elevada de trabalhadores activos (imigrantes: 64,1%; portugueses: 46,1%) e de desempregados (imigrantes: 7,0%; portugueses: 4,7%), enquanto que a proporção de reformados, estudantes e domésticas era maior na população portuguesa. Estado de saúde: De uma forma geral, os imigrantes revelaram indicadores de estado de saúde mais favoráveis do que os portugueses, com uma maior proporção a classificar o seu estado de saúde como bom ou muito bom (imigrantes: 62,8%; portugueses, 48,4%), diferença atenuada após padronização para a idade (imigrantes: 58,6%; portugueses: 50,5%). Constatou-se, também, uma menor proporção de incapacidade física de curta duração na população imigrante (sem padronização – imigrantes: 10,7%; portugueses: 12,2%; com padronização - imigrantes: 11,1%; portugueses:11,6%). Note-se que quase metade destas pessoas recorreu ao médico nas duas semanas anteriores à entrevista (imigrantes: 49,0%; portugueses: 50,4%) e tomou medicamentos prescritos por este prestador (imigrantes: 51,6%; portugueses: 58,4%), devido à sua doença. Observou-se uma menor prevalência de doenças crónicas, à excepção da asma (sem padronização: imigrantes: 5,7%; portugueses: 5,2%; padronizada: imigrantes: 6,1%; portugueses: 5,1%). A doença crónica mais frequente foi a hipertensão arterial (sem padronização: imigrantes: 13,1%; portugueses: 18,6%; com padronização: imigrantes: 16,1%; portugueses: 16,3%), seguindo-se a diabetes (sem padronização: imigrantes: 2,8%; portugueses: 6,1%; com padronização: imigrantes: 3,8%; portugueses: 6,7%). Relativamente à saúde mental, cerca de um terço da população revelou provável sofrimento psicológico (sem padronização: imigrantes: 22,2% %; portugueses: 27,1%; com padronização: imigrantes: 23,7%; portugueses: 26,2%). Esta situação foi mais frequente entre as mulheres. Utilização de cuidados de saúde: Em ambas as populações, a maioria referiu ser beneficiária do Serviço Nacional de Saúde (SNS) (imigrantes: 85,0%; portugueses: 79,9%), verificando-se, no entanto, que mais imigrantes do que portugueses referiram ter seguro de saúde (imigrantes: 12,2%; portugueses: 10,5%). A proporção da população que referiu ter efectuado despesas em cuidados de saúde nas duas semanas anteriores à entrevista era ligeiramente superior entre os portugueses (imigrantes: 31,7%; portugueses: 33,8%), verificando-se uma quantia dispendida mais elevada entre os portugueses e nas mulheres. Quanto à utilização de cuidados, um pouco menos de metade dos portugueses referiu ter consultado o médico entre uma e três vezes, nos 3 meses anteriores à entrevista (sem padronização: imigrantes: 44,3%; portugueses: 49,9%; com padronização: imigrantes: 45,4%; portugueses: 49,0%), percentagem crescente com o tempo de imigração. A maioria destas consultas foi realizada no âmbito do SNS, tendo cerca de um terço procurado um prestador privado (imigrantes: 31,3%; portugueses: 32,5%). Das consultas efectuadas no âmbito do SNS, cerca de um quinto foram realizadas em serviços de urgência (imigrantes: 20,4%; portugueses: 17,6%). Os imigrantes consumiram menos medicamentos nas duas semanas anteriores à entrevista do que os portugueses (sem padronização - imigrantes: 44,7%; portugueses: 51,6%; com padronização - imigrantes: 47,5%; portugueses: 49,1%). A tensão arterial elevada foi o motivo mais invocado para terapêutica medicamentosa, na globalidade e em cada sexo. Uma proporção apreciável da população com 20 ou mais anos de idade referiu ter medido a sua pressão arterial há 3 anos ou menos (imigrantes: 87,9%; portugueses: 93,3%); também a grande maioria dos imigrantes e dos portugueses, com 30 ou mais anos de idade, referiu ter medido a sua colesterolémia, pelo menos uma vez, há 3 anos ou menos (imigrantes: 84,9%; portugueses: 88,4%). Embora a proporção da população que referiu ter consultado alguma vez um prestador da área da saúde oral tenha sido elevada em ambos os grupos (sem padronização - imigrantes: 84,7%; portugueses: 85,1%; com padronização – imigrantes: 84,4%; portugueses: 84,7%), a realização de uma consulta no ano anterior à entrevista foi menos frequente (sem padronização - imigrantes: 46,3%; portugueses: 47,4%; com padronização - imigrantes: 45,7%; portugueses: 49,5%). Determinantes de saúde: Cerca de um quinto da população imigrante (19,4%) referiu tomar uma ou duas refeições por dia, situação mais frequente entre as mulheres. Na globalidade, verificou-se que mais portugueses referiram restrições alimentares por dificuldades económicas do que imigrantes (imigrantes: 29,4%; portugueses: 34,3%). Na população com 10 e mais anos de idade a percentagem de fumadores diários era mais elevada entre os imigrantes (sem padronização - imigrantes: 22,2%; portugueses: 17,3%; com padronização - imigrantes: 21,2%; portugueses: 18,3%). No entanto, uma proporção mais elevada de portugueses admitiu fumar mais de um maço de cigarros por dia (imigrantes: 15,1%; portugueses: 18,5%). Praticamente metade dos fumadores já havia tentado deixar de fumar, em especial entre os imigrantes (imigrantes: 52,8%; portugueses: 45,1%) e, fundamentalmente, entre as mulheres imigrantes (65,4%). O “medo de problemas de saúde” foi a razão mais invocada por ambos os grupos para aquela tentativa. A percentagem de abstémios foi apreciável (sem padronização - imigrantes: 46,1%; portugueses: 48,4%; com padronização - imigrantes: 44,1%; portugueses: 44,0%) e maior nas mulheres de ambos os grupos. Entre os bebedores, observou-se uma maior frequência de consumidores de vinho, nos portugueses, e de cerveja, nos imigrantes, enquanto que a proporção de consumidores de bebidas com elevado teor de álcool foi semelhante em ambas as populações. O consumo de bebidas alcoólicas aos fins-de-semana era mais frequente entre os imigrantes (15,8%).
- A remarkable depletion of both naïve CD4+ and CD8+ with high proportion of memory T cells in an IPEX infant with a FOXP3 mutation in the forkhead domainPublication . Costa-Carvalho, B.T.; de Moraes-Pinto, M.I.; de Almeida, L.C.; de Seixas Alves, M.T.; Maia, R.P.; de Souza, R.L.; Barreto, M.; Lourenço, L.; Vicente, A.M.; Coutinho, A.; Carneiro-Sampaio, M.IPEX is a rare X-linked syndrome, with immune dysfunction, polyendocrinopathy and enteropathy. We describe an infant who died at the age of 11 months after developing eczema, severe diarrhoea, diabetes, hypothyroidism, thrombocytopenia and four episodes of septicaemia. Immunophenotyping of peripheral blood at 8 months revealed normal CD3+ T, CD4+ T and CD8+ T cell numbers, with low NK and B cells. CD4+ and CD8+ T lymphocytes showed remarkably low numbers and percentages of naïve cells and high numbers of memory CD4 and CD8 cells. At autopsy, an intense depletion of immune cells in thymus, spleen and lymph nodes was observed. No Hassall's corpuscles were found in thymus. Lymphocytic pancreatitis and intense villous atrophy with mucosal lymphocytic infiltration in small bowel were also seen. FOXP3 gene studies revealed a: C-->G substitution 3 bp upstream of exon 10, which prevents splicing between exons 9 and 10, likely resulting in a functionally altered or deficient protein. Florid clinical findings are usually observed in association of forkhead DNA-binding domain mutations. The intense depletion of naïve T cells we report suggest that depletion of immune cells might take place due to uncontrolled activation due to the absence of regulatory T cells.
- Mitochondrial haplogroup H1 is protective for ischemic stroke in Portuguese patientsPublication . Rosa, A.; Fonseca, B.V.; Krug, T.; Manso, H.; Gouveia, L.; Albergaria, I.; Gaspar, G.; Correia, M.; Viana-Baptista, M.; Simões, R.M.; Pinto, A.N.; Taipa, R.; Ferreira, C.; Fontes, J.R.; Silva, M.R.; Gabriel, J.P.; Matos, I.; Lopes, G.; Ferro, J.M.; Vicente, A.M.; Oliveira, S.A.The genetic contribution to stroke is well established but it has proven difficult to identify the genes and the disease-associated alleles mediating this effect, possibly because only nuclear genes have been intensely investigated so far. Mitochondrial DNA (mtDNA) has been implicated in several disorders having stroke as one of its clinical manifestations. The aim of this case-control study was to assess the contribution of mtDNA polymorphisms and haplogroups to ischemic stroke risk.
