Browsing by Author "Kellen, A. van der"
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- Desenvolvimento e validação de um método de cromatografia líquida de ultra resolução acoplado a um detetor de fluorescência para determinação de bisfenol A em alimentos embaladosPublication . Kellen, A. van der; Figueira, Maria Eduardo; Sanches-Silva, AnaO Bisfenol A (BPA – do inglês, Bisphenol A) é um composto químico orgânico com atividade estrogénica, amplamente utilizado na produção de policarbonato e resinas epóxi, aplicados a embalagens alimentares e produtos médicos. A sua similaridade com os estrogénios humanos atribui-lhe atividade como desregulador endócrino. O BPA e o éter diglicidílico do bisfenol A (BADGE - do inglês, Bisphenol A Diglycidyl Ether), um derivado do BPA e epicloridrina, possuem a capacidade de migrar para os alimentos, podendo originar efeitos adversos na saúde humana. Como tal este trabalho terá como principais focos o BPA e o seu derivado BADGE, tendo como objetivos os seguintes pontos: • Verificar o conhecimento de uma amostra da população portuguesa acerca do BPA, assim como o conhecimento da mesma sobre os riscos a que está sujeita e se conhece quais as medidas que podem ser tomadas para diminuir a exposição ao BPA; • Otimizar e validar um método cromatográfico para a determinação e quantificação de BPA e BADGE; • Aplicar o método validado a amostras de pescado enlatado, a fim de verificar o cumprimento dos limites de migração especifica (LME), estabelecidos na legislação da União Europeia. Elaborou-se então um questionário para averiguar se uma amostra da população portuguesa sabe o que é o BPA. A análise das respostas ao questionário divulgado online sugere que a amostra da população portuguesa em análise, não detém conhecimento suficiente para se proteger desta exposição, sendo que a maioria dos indivíduos não sabia sequer da existência deste composto. Foi otimizado e validado um método de extração sólido-líquido e um método de cromatografia líquida de ultra eficiência (UHPLC – do inglês, Ultra High Performance Liquid Chromatography) acoplado a um detetor de fluorescência (FL) para identificação e quantificação de BPA e de BADGE. Os resultados do ensaio de validação sugerem que o método cromatográfico UHPLC-FL é linear tanto para o BPA (r2 = 0,9998) como para o BADGE (r2 = 0,9999) na gama de trabalho selecionada (0,025 - 5 μg/mL para o BPA e BADGE de 0,025 - 10 μg/mL para o BADGE), com limites de deteção (LOD – do inglês, Limit Of Detection) e quantificação (LOQ - do inglês, Limit Of Quantification) de 0,01 e 0,025 μg/mL respetivamente, respetivamente. O método apresentou boa precisão, apresentando uma repetibilidade inferior a 3,3 % para o BPA e inferior a 1,8 % no caso do BADGE, e precisão intermédia, inferior a 4,9 % no caso do BADGE, e inferior a 4,4 % no caso do BPA. A exatidão do método foi estabelecida através de ensaios de recuperação, para o BPA encontram-se entre 106 e 110 %; e para o BADGE encontram-se entre 80 e 83 % O método validado foi aplicado a 10 amostras de pescado – atum e sardinha – enlatado. Todas as amostras analisadas apresentaram valores de BPA inferior ao limite de deteção, pelo que cumprem com o limite máximo de migração específica estabelecido pela União Europeia para o BPA (0,6 mg/kg). Os resultados deste estudo mostram que estamos perante um método adequado para a determinação de bisfenóis em alimentos enlatados. Para além disso, demonstram também que os produtos enlatados analisados, são seguros no que respeita à migração de BPA. Relativamente ao BADGE, não podemos concluir sobre o cumprimento do mesmo com a legislação europeia uma vez que o limite de migração específica é de 9 mg/kg para a soma dos compostos BADGE, BADGE.H2O e BADGE.2H2O e de 1 mg/kg para o conjunto dos compostos BADGE.HCL, BADGE.2HCL e BADGE.H2O.HCL. No futuro deverá tentar-se incluir os outros derivados do BPA no método proposto.
- Estudo para avaliar o grau de conhecimento dos consumidores sobre materiais em contacto com alimentosPublication . Kellen, A. van der; Vilarinho, Fernanda; Andrade, Mariana; Figueira, M.E.; Vaz, M. Fátima; Sanches Silva, A.Segundo o decreto-lei 366-A/97, de 20 de Dezembro, e suas alterações, considera-se embalagem todos e quaisquer produtos feitos de materiais de qualquer natureza utilizados para conter, proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar mercadorias, tanto materias-primas como produtos transformados, desde o produtor ao utilizador ou consumidor, incluindo todos os artigos ≪descartáveis≫ utilizados para os mesmos fins (Decreto-Lei no 366-A/97, 1997). A escolha das mesmas deve ser sempre realizada de acordo com o alimento e utilização a que se destinam. Dado o risco associado a incorreta utilização de embalagens alimentares, e importante avaliar a perceção e o conhecimento da população portuguesa acerca deste tema. Para tal foi realizado um questionário e aplicado a população geral. O questionário incidiu numa amostra da população portuguesa constituída por 251 indivíduos, de diversas zonas do país, pertencentes a diversas faixas etárias e com vários níveis de escolaridade. O questionário compilou questões que permitiam reunir dados socioeconómicos e obter informação acerca do conhecimento e consciência dos inquiridos no que se refere aos materiais em contacto com alimentos e a sua correta utilização. Os resultados obtidos mostram que 84% dos inquiridos sabe que a maneira mais correta de utilizar uma embalagem plástica e utiliza-la de acordo com a sua finalidade. O material de embalagem alimentar mais utilizado pelos inquiridos dividiu-se maioritariamente entre o plástico (50% dos inquiridos) e o vidro (46% dos inquiridos). Quando questionado acerca da frequência de utilização de embalagens plásticas, verificou-se que 27% utiliza diariamente embalagens de plástico, 43% utiliza-as frequentemente, 27 % utiliza raramente e apenas 3% dos inquiridos não utilizam de todo este material para embalar alimentos. Estes dados remetem-nos para uma outra questão, “Será que os inquiridos conhecem a simbologia presente nas embalagens?” os resultados mostram que 51 % sabe o que significam os símbolos de reciclagem. Quanto aos símbolos de indicação de utilização, 31 % dos indivíduos já encontrou os quatro símbolos representados no questionário, sendo que o mais conhecido e o do “Material indicado para uso alimentar”. No âmbito da analise do questionário verificou-se que 48 % responderam que procuram e cumprem as recomendações do fabricante. De acordo com a amostra da população estudada, o conhecimento sobre a utilização de materiais em contacto com alimentos em Portugal ainda e insuficiente. Seria relevante que a população tivesse acesso a mais informação sobre as embalagens alimentares, nomeadamente em relação a sua simbologia, para posterior utilização adequada das mesmas.
