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- Adesão à terapêutica com Anticoagulantes Orais em doentes com Fibrilhação Auricular: comparação entre a varfarina e os novos anticoagulantes oraisPublication . Magalhães, Raquel; Nunes, Baltazar; Rodrigues, Ana PaulaIntrodução: A fibrilhação auricular (FA) atinge 2,5 % da população portuguesa acima dos 40 anos, comportando um aumento do risco tromboembólico. A varfarina é efetiva na prevenção da ocorrência de acidentes tromboembólicos, no entanto, as interações medicamentosas e alimentares, o seu estreito intervalo terapêutico e consequente necessidade de monitorização e ajuste da dose terapêutica podem condicionar a qualidade de vida destes doentes e limitar o seu uso crónico. Em Portugal, a proporção de doentes com FA anticoagulados (40 %) é inferior à de outros países europeus. Os novos anticoagulantes orais (ACO) (dabigatrano, rivaroxabano e apixabano), pela maior facilidade do regime terapêutico e menor número de interações são uma alternativa para os doentes com dificuldade na monitorização e ajuste terapêutico. Desconhece-se, no entanto, a adesão a estes fármacos na prática diária, aspecto importante a ter em conta no momento da prescrição, em especial num período de comercialização recente dos novos anticoagulantes orais e em que se observa um aumento das prescrições de novos ACO em detrimento da varfarina. Objetivo: Avaliar o risco de abandono da medicação anticoagulante no grupo de doentes com FA que tomam os novos ACO em comparação com a varfarina. Métodos: Estudo de coorte para o qual serão selecionados, a partir da população sob observação da Rede Médicos Sentinela, 746 indivíduos com FA a quem é prescrito pela primeira vez na vida um ACO (373 no grupo varfarina e 373 no grupo dos novos ACO). O tamanho da amostra foi estimado considerando um risco de abandono de varfarina de 25 % e uma diferença de risco de 10 %. A seleção e o seguimento (máximo de 2,5 anos) dos participantes serão efetuados pelo médico de família que recolherá informação sobre as características dos doentes (sexo, idade, escolaridade e co-morbilidades), fármaco prescrito, momento e motivo do abandono da medicação. A comparação do risco de abandono entre ambos os grupos será efectuada usando um modelo de riscos competitivos ajustado para os factores de confundimento. Discussão: Tendo em conta que a aceitação e adesão à terapêutica é um dos aspectos a considerar na escolha terapêutica e que os aspectos culturais e de acessibilidade aos serviços de saúde podem interferir quer na prescrição, quer na adesão à medicação crónica, os resultados obtidos contribuirão para ajustar as escolhas terapêuticas ao perfil de cada doente.
