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- Infeção VIH/SIDA: a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2013Publication . Departamento de Doenças Infeciosas do INSA. Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica; Martins, Helena Cortes; Shivaji, Tara; Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA - DGS[PT] A infeção por VIH continua a representar um desafio importante para a Saúde Pública de Portugal onde, no final de 2013, o total de novos casos notificados, desde 1985, ascendia a 47390. Em 2013, foram diagnosticadas e notificadas ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP (INSA) 1093 novas infeções, o que sugere uma taxa de 10,5 novas infeções por 100.000 habitantes, não ajustada para o atraso de notificação. O número de novos diagnósticos em homens foi 2,4 vezes superior ao registado em mulheres e metade dos casos referentes a adultos correspondiam a indivíduos com idade igual ou superior a 40 anos. Na maioria dos novos casos a residência à data da notificação situava-se na região da Grande Lisboa. O modo de transmissão do VIH mais frequente foi o contacto heterossexual, referido em 61% dos casos. Os homens que têm relações sexuais com homens (HSH) totalizaram 43% dos novos casos de infeção em indivíduos do sexo masculino. Os HSH tendem a ser mais jovens que os heterossexuais à data de diagnóstico, metade têm idade inferior ou igual a 32. Os casos associados ao consumo de drogas representaram 7% dos novos diagnósticos. Em 2013 foi possível registar, para 70% dos novos casos, os valores das contagens de células TCD4+ (CD4) obtidos na primeira avaliação clínica. Destes, 58% referem valores de CD4 inferiores a 350 células/mm3, o que significa um maior risco de mortalidade e morbilidade, custos mais elevados em cuidados de saúde e oportunidades perdidas no controlo da epidemia VIH em Portugal. Durante o ano 2013 foram também diagnosticados e comunicados ao INSA 322 novos casos de SIDA. Entre 2000 e 2012 registou-se uma redução média anual de 7,4% no número de novos casos de SIDA notificados, valor sem ajustamento para o atraso de notificação. A frequência de diagnóstico das diferentes doenças definidoras de SIDA varia de acordo com o modo de transmissão da infeção, no entanto, a pneumonia por Pneumocystis é a doença definidora de SIDA mais comummente referida. A proporção de casos em que é diagnosticada aumenta 1,6% ao ano, desde 2000. Foram ainda notificados ao INSA 226 óbitos que ocorreram em 2013, registados em indivíduos infetados por VIH, 145 dos quais em estadio SIDA. A maior frequência de mortes registou-se em heterossexuais e indivíduos com história de uso de drogas injectáveis. Contudo, observou-se que 48% das mortes em heterossexuais ocorreram nos cinco anos subsequentes ao diagnóstico, enquanto as mortes ocorridas em 55% dos toxicodependentes aconteceram 10 ou mais anos após o diagnóstico de infeção por VIH. Neste relatório apresentamos informação detalhada sobre os casos de infeção VIH em crianças com idades inferiores a 15 anos. Desde o diagnóstico do primeiro caso pediátrico, que ocorreu em 1984, foram notificados 479 casos registados em crianças, verificando-se igual distribuição entre sexos. O modo de transmissão mais frequente foi a transmissão mãe-filho, contudo, desde a introdução do rastreio na gravidez e da terapêutica antirretroviral profilática, o número de casos diagnosticados diminuiu continuamente. Nos anos mais recentes aumentou a proporção de casos importados. Nos 30 anos que decorreram desde que o primeiro caso de infeção por VIH foi diagnosticado em Portugal as características da epidemia sofreram evolução. O aumento do número de novos diagnósticos de infeção por VIH em jovens do sexo masculino que têm sexo com homens e a elevada percentagem de diagnósticos tardios em heterossexuais de meia-idade são tendências recentes documentadas no presente relatório, que devem captar a atenção das autoridades de Saúde Pública. A vigilância da infeção VIH tem um papel crucial ao fornecer informação que permite demonstrar as mudanças nos padrões de transmissão do vírus e que contribui também para o desenvolvimento e avaliação de estratégias para controlo da infeção. Dados atempados e correctos são um pré requisito para a produção de informação de elevada qualidade e, consequentemente, para o controlo eficaz da infeção VIH em Portugal.
- Mosquito surveillance for prevention and control of emerging mosquito-borne diseases in Portugal - 2008-2014Publication . Osório, H.C.; Zé-Zé, Líbia; Amaro, F.; Alves, M.J.Mosquito surveillance in Europe is essential for early detection of invasive species with public health importance and prevention and control of emerging pathogens. In Portugal, a vector surveillance national program-REVIVE (REde de VIgilância de VEctores)-has been operating since 2008 under the custody of Portuguese Ministry of Health. The REVIVE is responsible for the nationwide surveillance of hematophagous arthropods. Surveillance for West Nile virus (WNV) and other flaviviruses in adult mosquitoes is continuously performed. Adult mosquitoes-collected mainly with Centre for Disease Control light traps baited with CO2-and larvae were systematically collected from a wide range of habitats in 20 subregions (NUTS III). Around 500,000 mosquitoes were trapped in more than 3,000 trap nights and 3,500 positive larvae surveys, in which 24 species were recorded. The viral activity detected in mosquito populations in these years has been limited to insect specific flaviviruses (ISFs) non-pathogenic to humans. Rather than emergency response, REVIVE allows timely detection of changes in abundance and species diversity providing valuable knowledge to health authorities, which may take control measures of vector populations reducing its impact on public health. This work aims to present the REVIVE operation and to expose data regarding mosquito species composition and detected ISFs.
