Browsing by Author "Raposo, J.F."
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- Avaliação da ingestão de macronutrientes e etanol em diabéticos do tipo 2 com e sem angiopatiaPublication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.INTRODUÇÃO: Alimentação é um dos principais factores de risco modificáveis para o desenvolvimento da obesidade e progressão de diabetes mellitus do tipo 2. Uma ingestão adequada de nutrientes é um dos principais pilares do tratamento desta patologia. OBJECTIVO: Avaliar e comparar a ingestão de energia, macronutrientes e etanol em Portugueses diabéticos do tipo 2 com e sem angiopatia. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional analítico do tipo caso-controlo em 300 adultos de ambos os géneros com idades entre 40-75 anos. Foram constituídos três grupos: I - 75 diabéticos do tipo 2 com angiopatia; II - 75 diabéticos do tipo 2 sem angiopatia, III - 150 controlos. A ingestão de macronutrientes e seus constituintes foi avaliada pela aplicação de um questionário de frequência alimentar semi-quantitativo validado para a população Portuguesa. A distribuição das frequências entre os grupos foi avaliada pelo método Z para comparação de proporções. RESULTADOS: A ingestão energética diária foi superior nos dois grupos de diabéticos (I: 1704 kcal; II: 1607 kcal) em relação ao grupo III (1492 kcal). O contributo médio percentual da proteína para a ingestão de energia diária foi idêntico nos grupos I e II (19%) mas superior ao grupo III (17%). Os hidratos de carbono contribuíram com uma percentagem superior no grupo III (49%) em relação aos outros dois grupos (I:47%; II:46%). O contributo da gordura total foi superior nos diabéticos em comparação com os controlos. O grupo II foi o que apresentou maior contributo do etanol. A prevalência de inadequação da ingestão de gordura total foi significativa (I:36%; II:23%; III:26%), com a gordura saturada a representar em média mais de 25% da ingestão total de gordura. A ingestão inadequada de hidratos de carbono foi superior nos diabéticos (I:35%; II:29%) do que nos controlos (18%). A prevalência de inadequação de ingestão de fibra total foi sempre superior a 50%. A ingestão de ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 foi também muito inadequada (>70% e >90%, respectivamente) em todos os grupos. CONCLUSÃO: Os participantes que apresentaram uma ingestão elevada de gordura total e de gordura saturada, devem dar preferência à ingestão de gordura polinsaturada, nomeadamente pela substituição de alimentos processados por frutos secos e peixes com elevado teor de ómega-3. Recomenda-se o consumo de alimentos ricos em fibra e com baixo teor de açúcares simples, bem como, um controlo adequado da quantidade de hidratos de carbono ingerida em cada refeição.
- Avaliação da ingestão de vitaminas e minerais em diabéticos do tipo 2Publication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.Introdução: O consumo adequado de vitaminas e minerais é importante para a manutenção das diversas funções metabólicas do organismo. A adoção de um padrão de consumo alimentar saudável, requer uma ingestão adequada destes micronutrientes. A diabetes do tipo 2 é uma doença crónica que está directamente relacionada com a alimentação e é frequentemente associada a um défice de vitaminas e minerais no organismo. Objectivo: Avaliar e comparar a ingestão de vitaminas e minerais numa população de diabéticos do tipo 2 com e sem complicações angiopáticas. Identificar os principais défices de ingestão na população em estudo e elaborar recomendações nutricionais específicas. Métodos: A população em estudo é composta por 150 diabéticos do tipo 2, com idades entre 40-75 anos. Os participantes foram divididos em 2 grupos: GI- 75 diabéticos com angiopatia e GII- 75 diabéticos sem angiopatia. A ingestão de vitaminas e minerais foi avaliada através de um questionário semi-quantitativo de frequência alimentar, previamente validado para a população portuguesa. Os valores médios de ingestão para cada vitamina e mineral foram comparados entre os grupos e com os valores de referência diários. A análise estatística foi efectuada pela aplicação de um teste Z bilateral não emparelhado. Resultados: Os valores médios de ingestão obtidos para as vitaminas A (526 RE/dia), K (18,0 µg/dia) e folatos (277 µg/dia) no grupo I foram significativamente superiores aos obtidos para o grupo II (vit. A- 399 RE/dia; vit. K- 14,6 µg/dia; folatos- 259 µg/dia). Em relação à ingestão de minerais, foi verificado que a ingestão média de cálcio (994 mg/dia) foi significativamente superior no grupo I em relação ao grupo II (227 mg/dia). De um modo geral, a prevalência de diabéticos de ambos os grupos com ingestão de vitaminas e minerais inferiores aos valores de referência diários é relativamente baixa, no entanto, o ácido pantotênico é uma excepção. Em ambos os grupos a porporção de diabéticos com uma ingestão inferior ao valor de referência foi superior a 80%. Conclusão: O padrão de ingestão de vitaminas e minerais na população de diabéticos em estudo é muito semelhante nos dois grupos, no entanto, os diabéticos do tipo 2 com complicações angiopáticas têm um padrão de ingestão de vitaminas e minerais mais adequado do que os diabéticos sem complicações. Estes resultados indicam que os diabéticos que já têm complicações têm maiores preocupações em seguir um plano alimentar específico da diabetes. Todos os participantes devem aumentar o consumo de alimentos ricos em ácido pantotênico.
- Biomarcadores cardiovasculares e da ingestão alimentar associados com a hipertensão arterial em diabéticos tipo 2Publication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.INTRODUÇÃO: A diabetes é um fator de risco da hipertensão arterial. Conhecer e relacionar os níveis plasmáticos de diversos biomarcadores pode contribuir para prevenir e controlar a hipertensão arterial em diabéticos tipo 2. OBJECTIVO: Avaliar uma possível associação entre os níveis plasmáticos de biomarcadores cardiovasculares, stress oxidante e da ingestão alimentar com a hipertensão arterial em diabéticos com e sem angiopatia. MÉTODOS: Estudo observacional analítico do tipo caso-controlo realizado em 300 adultos com idades entre 40-75 anos recrutados na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e na Universidade Internacional para a Terceira Idade. Foram constituídos 3 grupos: GI - 75 diabéticos tipo 2 com angiopatia; GII - 75 diabéticos tipo 2 sem angiopatia; GIII - 150 controlos. Os níveis plasmáticos de biomarcadores cardiovasculares (homocisteína e cisteína), de stress oxidante (malondialdeído) e da ingestão alimentar (retinol, α-tocoferol, luteína, piridoxal-5-fosfato e ácido ascórbico) foram medidos por métodos validados de Cromatografia Líquida de Elevada Resolução. Os dados foram analisados em software informático para Windows, SPSS® através de correlações bivariadas de Spearman e pela análise de tabelas de contingência. RESULTADOS: A prevalência da hipertensão foi de 77% (GI), 64% (GII) e 37% (GIII). No GI, a frequência da presença de hipertensão arterial combinada com hiperhomocisteinémia (14,9%) ou com hipercisteinémia (62,2%) foi superior à observada nos outros grupos. Baixas concentrações plasmáticas de antioxidantes e de piridoxal-5-fosfato associadas à hipertensão arterial foram também mais prevalentes nos diabéticos com angiopatia do que nos diabéticos sem complicações. Foram observadas associações positivas da pressão arterial sistólica (PAS) com os níveis plasmáticos de homocisteína (r = 0,301; p<0,01), cisteína (r = 0,373; p<0,01), malondialdeído (r=0,237; p<0,01) e α-tocoferol (r = 0,119; p=0,042). Os biomarcadores da ingestão de frutos e legumes (ácido ascórbico: r = -0,189; p<0,01 e luteína: r= 0,291; p<0,01) foram inversamente associados com a PAS. CONCLUSÃO: Baixas concentrações plasmáticas de ácido ascórbico, luteína e de pirodoxal-5- fosfato e a elevação dos níveis de homocisteína, cisteína e malondialdeído em diabéticos tipo 2 hipertensos favorecem um ambiente de stress oxidante, algo que pode contribuir para o aparecimento e/ou progressão de complicações angiopáticas na diabetes tipo 2. A presença combinada de níveis inadequados de diversos biomarcadores deve ser considerada nas estratégias a adotar para controlar a hipertensão arterial em diabéticos tipo 2.
- Biomarkers status and their relation with the presence of type 2 diabetes with and without angiopathyPublication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.Introduction: A useful tool for disease clinical characterization and treatment of type 2 diabetes is the knowledge on the status of several biomarkers. The aim of this study was to evaluate the levels of cardiovascular, oxidative stress and nutritional biomarkers and their relationship with the presence of type 2 diabetes and angiopathy. Methods: A population-based case-control study in 150 Portuguese type 2 diabetic patients was performed. Group I – 75 diabetics with angiopathy, group II – 75 diabetics without angiopathy and group III – non-diabetic controls. Plasma levels of homocysteine, cysteine, malondialdehyde (MAD), vitamins B6, C, A and E and carotenoids were measured by HPLC methods. Vitamin B12 and folate serum levels were achieved by an electrochemiluminescence method. Results: The hyperhomocysteinemia prevalence was 20% (group I), 8.7% (group II) and 0.71% (group III). Group I showed the higher prevalence of hypercysteinemia (17%). The MAD serum levels were above the reference value for all groups. The percentage of subjects with ascorbic acid low plasma levels were statistically different in diabetic (I: 55%; II: 47%) compared to non-diabetic subjects (III:22%). The prevalence of hypovitaminosis B6 deficiency was at least 30% for all groups. In group I, the probability to have hyperhomocysteinemia was around three times higher (PZ0.04) in comparison with group II and 35 times (PZ0.0006) with group III. The combined effect of type 2 diabetes and angiopathy is associated with high MAD (OR: 5.33; PZ0.002) serum levels compared to group III. Type 2 diabetes predisposes to hypovitaminosis C (OR: 3.10; PZ0.0002). Conclusion: The prevalence of hypovitaminosis C and B6 were relevant. The presence of type 2 diabetes increases the risk of hyperhomocysteinemia, oxidative stress and hypovitaminosis C. The isolated effect of angiopathy increases the probability to have hyperhomocysteinemia. DOI: 10.1530/endoabs.49.EP562
- Contributo da alimentação e estilo de vida para hipertensão arterial em diabéticos tipo 2: projeto PTranSALTPublication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.A diabetes mellitus é uma doença crónica com elevados custos sociais, humanos e económicos. É actualmente considerada um dos maiores problemas de Saúde Pública e só em Portugal existem mais de um milhão de diabéticos. A alimentação e o estilo de vida são factores ambientais que afectam a pressão arterial, um conhecido factor de risco das doenças cardiovasculares. O controlo adequado desses factores poderá contribuir para a prevenção e tratamento de hipertensão arterial. O objetivo foi avaliar em diabéticos tipo 2 e seus controlos os factores alimentares e de estilo de vida que de acordo com a evidência científica mais contribuem para o aumento da pressão arterial. Foi realizado um estudo do tipo caso-controlo de base populacional em 300 adultos Portugueses de ambos os géneros, com idades entre 40 e os 75 anos. A população em estudo foi dividida em três grupos: grupo I - 75 diabéticos tipo 2 com angiopatia; grupo II - 75 diabéticos tipo 2 sem angiopatia; grupo III - 150 controlos não diabéticos. O estado nutricional dos participantes foi avaliado pelo critério do índice de massa corporal e os resultados comparados com o valores de referência da Organização Mundial de Saúde. A pressão arterial e os batimentos cardíacos foram medidos utilizando um medidor de pressão arterial de pulso R6 (HEM-6052-E) da Omron®. O padrão alimentar da dieta DASH e a ingestão de sódio, potássio, ácidos gordos ómega-3 e álcool foram avaliados pela aplicação de um questionário de frequência do consumo alimentar validado para a população adulta Portuguesa. A conversão dos alimentos em nutrientes foi efectuada utilizando como base o programa informático Food Processor Plus®. A prevalência de hipertensão foi significativamente superior nos diabéticos (grupo I: 77% e grupo II: 64%) em relação aos controlos (39%). De acordo com o critério de avaliação do índice de massa corporal, a prevalência de obesidade foi superior nos dois grupos de diabéticos (grupo I: 57,3% vs. grupo II: 45,4%) quando comparada com o grupo controlo (16,8%). O contributo da ingestão de etanol para o total diário de energia consumida foi sempre ≤ 3%. A gordura saturada representou mais de 10% do total de gordura consumida em 88% dos diabéticos e 39% dos controlos. A prevalência de ingestão de colesterol > 300 mg/dia foi muito superior nos diabéticos (I: 27%; II: 23%; III: 4,4%). O padrão alimentar da dieta DASH não foi observado na maioria dos participantes. A inadequação da ingestão de ácidos eicosapentaenóico, docosahexaenóico e ómega-3 foi muito elevada para toda a população estudada (> 70%). A prevalência da ingestão de sódio alimentar total acima do valor recomendado (2 g/dia) pela Organização Mundial de Saúde foi superior a 80% em todos os grupos. A ingestão de potássio foi inferior a 4,7 g/dia (valor recomendado pela American Heart Association) em mais de 90% dos participantes. A prevalência de hipertensão arterial nos diabéticos estudados foi muito elevada. A evidência científica tem demonstrado que os factores alimentares e de estilo de vida avaliados no presente estudo são os que mais contribuem para uma redução da pressão arterial. Os resultados obtidos indicam que apenas a ingestão diária de álcool foi adequada para a maioria dos diabéticos. Deste modo, o desafio futuro dos profissionais de saúde será conseguir implementar estratégias clínicas e de Saúde Pública efectivas que levem a alterações sustentadas do padrão alimentar e consequentemente à melhoria significativa das co-morbilidades da diabetes mellitus tipo 2.
- Contributo da variação genética da haptoglobina para a presença de hiperhomocisteinémia em diabéticos do tipo 2 com e sem angiopatiaPublication . Valente, A.; Garcia, A.; Bicho, M.; Gonçalves, C.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.INTRODUÇÃO: O polimorfismo genético da haptoglobina tem sido associado com diversos factores de risco cardiovascular, porém a existência de uma associação entre os genótipos 2-1 e 2-2 e o aumento dos níveis plasmáticos de homocisteína e cisteína é ainda desconhecida. OBJECTIVO: Avaliar o contributo do polimorfismo da haptoglobina para a presença de hiperhomocisteinémia e hipercisteinémia, bem como, para os níveis de vitaminas envolvidas no metabolismo da homocisteína em diabéticos do tipo 2 com e sem angiopatia. MÉTODOS: Estudo do tipo caso-controlo em 300 adultos Portugueses de ambos os géneros com idades entre 40-75 anos. Foram constituídos três grupos: grupo I - 75 diabéticos do tipo 2 com angiopatia; grupo II - 75 diabéticos do tipo 2 sem angiopatia, grupo III - 150 não diabéticos. Os níveis plasmáticos de homocisteína, cisteína e vitamina B6 foram medidos por Cromatografia Líquida de Elevada Resolução. As concentrações séricas de ácido fólico e vitamina B12 foram determinadas pelo método de electroquimioluminescência. Os polimorfismos genéticos da haptoglobina foram identificados por electroforese em gel de poliacrilamida e coloração com peroxidase. A análise estatística foi realizada em software informático para Windows, SPSS®, versão 20.0 (SPSS INc, Chicago). RESULTADOS: A distribuição das frequências do fenótipo 1-1 para os grupo I, II e III foram respectivamente, 10,8%, 16,0% e 13,9%. O fenótipo 2-1 foi o mais prevalente em todos os grupos (I: 59,5%, II: 54,7% e III: 46,2%). O fenótipo 2-2 foi mais frequente no grupo III (39,9%) do que nos dois grupos de diabéticos (I: 29,7% e II: 29,3%). As concentrações médias de homocisteína e cisteína foram significativamente superiores nos participantes com fenotipo 2-1 em comparação com os do 2-2. Os níveis séricos médios de vitamina B12 foram estatisticamente superiores no fenótipo 2-2 em relação ao 1-1. A probabilidade de ocorrência de hiperhomocisteinémia nos diabéticos do grupo I e portadores do fenótipo 2-1 em relação aos do grupo II foi de 4,19 (p = 0,021). A probabilidade de ocorrência de hipercisteinémia (OR = 4,55; p = 0,028) no grupo I e fenótipo 2-1 foi significativamente superior em relação ao grupo II com o mesmo fenótipo. CONCLUSÃO: A presença do genótipo Hp 2-1 está associada com a predisposição para a ocorrência de hiperhomocisteinémia e hipercisteinémia nos diabéticos tipo 2 com angiopatia. Os portadores do fenótipo 2-2 da haptoglobina parecem ter uma maior activação da via da transulfuração no ciclo da homocisteína e consequente protecção para acumulação de homocisteína.
- Depleção de luteina e β-criptoxantina séricas associada com a obesidade em diabéticos do tipo 2 sem angiopatiaPublication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.INTRODUÇÃO: A luteína e a β-criptoxantina são antioxidantes essenciais na prevenção da retinopatia diabética. A obesidade promove alterações fisiológicas como o aumento do stresse oxidante e a inflamação que podem comprometer a disponibilidade, transporte e a acção destes carotenóides. O objectivo do presente estudo consiste em avaliar uma possível relação dos níveis séricos de luteína e de β-criptoxantina com a obesidade em diabéticos do tipo 2 sem angiopatia e controlos. MÉTODOS: Estudo caso-controlo em 75 diabéticos do tipo 2 recrutados na Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal e 143 controlos da Universidade Internacional para a Terceira Idade. Os níveis séricos de luteína e β-criptoxantina foram determinados por um método validado de HPLC. Os critérios do IMC, perímetro abdominal e de gordura corporal foram utilizados para avaliar a obesidade. Os valores médios de luteína e β-criptoxantina no soro foram ajustados por uma análise de covariância. Para a várias associações foi aplicado um modelo de regressão linear. RESULTADOS: Os níveis médios de luteína não foram estatisticamente diferentes. A concentração média de β-criptoxantina nos controlos (0,382 μM) foi significativamente superior à verificada nos diabéticos (0,154 μM). Os níveis séricos de luteína estão inversamente relacionados com o IMC (β = -0,261; p = 0,024), perímetro abdominal (β = -0,386; p = 0,001) e gordura corporal (β = -0,256; p = 0,002) nos diabéticos e com o IMC e gordura corporal nos controlos. As concentrações séricas de β-criptoxantina estão também inversamente associadas com o IMC e o perímetro abdominal nos diabéticos e controlos. CONCLUSÃO: A obesidade está relacionada com a depleção de luteína e β-criptoxantina séricas em diabéticos tipo 2 sem angiopatia, podendo promover o aparecimento de retinopatia. Os hortícolas e citrinos são as principais fontes alimentares destes carotenóides em Portugal, sendo por isso recomendado o consumo adequado destes alimentos especialmente em diabéticos com obesidade.
- Determinação da ingestão de metionina e ácidos gordos polinsaturados e sua relação com os níveis plasmáticos de homocisteína e cisteína em diabéticos do tipo 2Publication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.INTRODUCTION: Diabetes mellitus is a major public health threat in the World. In Portugal, there are around 1 million type 2 diabetic patients. This chronic disease, hyperhomocysteinaemia and hypercysteinaemia are known as cardiovascular risk factors. Homocysteine (Hcy) is a sulphur containing amino acid that is derived from methionine, an essential amino acid found in abundance in protein of animal origin. Diet plays a vital role in the risk factors of chronic disease. In observational studies, higher intakes of n-3 fatty acids appear to reduce the risk of coronary artery disease, hypertension and diabetes. Other studies have shown that diets rich in n 6 fatty acids may increase the risk of disease. Recent evidence suggests that a balanced ratio of these 2 types of fatty acids may be necessary for the prevention of chronic diseases. AIM: To study a possible relationship between methionine, n-3 and n-6 intakes and plasma Hcy and Cys levels in type 2 diabetic patients with and without angiopathy. METHODS: Study population was composed by 150 Portuguese type 2 diabetic patients, aged between 40-75 years. The participants were divided in two groups: I - 75 diabetics with angiopathy; II - 75 diabetics without angiopathy. Nutrients intake were estimated from a food-frequency questionnaire previously validated for Portuguese adults with cardiovascular disease by the Epidemiology Department, Faculty of Medicine, University of Porto. Plasma Hcy and Cys levels were analyzed using a previously validated HPLC method. The n-6/n-3 ratio was calculated for all participants. Hyperhomocysteinaemia was defined for Hcy levels ≥15 µM. A statistical analysis was performed by unpaired two-tailed z-test and Pearson's Correlation Coefficient. RESULTS: The prevalence of hyperhomocysteinaemia was 20% for group I and 8% for group II. The mean values for Hcy plasma levels in group I (10.6 ± 4.7 µM) was slightly higher compared to group II (9.4 ± 4.5 µM). The mean levels for Cys were also higher in group I (246.5 ± 55.6 µM) compared to group II (229.4 ± 48.1 µM). The dietary intakes of methionine, n-3 and n-6 were higher in diabetic patients with angiopathy compared to those without angiopathy. The coefficients of correlation between the different parameters under study were not significant. CONCLUSION: The prevalence of hyperhomocysteinaemia and Cys plasma levels are associated with the presence of angiopathy. The dietary intake of methionine, n-3 and n-6 fatty acids are not related with Hcy and Cys plasma levels in type 2 diabetic patients.
- Diabetes hinders community-acquired pneumonia outcomes in hospitalized patientsPublication . Martins, M.; Boavida, J.M.; Raposo, J.F.; Froes, F.; Nunes, Baltazar; Ribeiro, R.T.; Macedo, M.P.; Penha-Gonçalves, C.Objectives: This study aimed to estimate the prevalence of diabetes mellitus (DM) in hospitalized patients with community-acquired pneumonia (CAP) and its impact on hospital length of stay and inhospital mortality. Research design and methods: We carried out a retrospective, nationwide register analysis of CAP in adult patients admitted to Portuguese hospitals between 2009 and 2012. Anonymous data from 157 291 adult patients with CAP were extracted from the National Hospital Discharge Database and we performed a DM-conditioned analysis stratified by age, sex and year of hospitalization. Results: The 74 175 CAP episodes that matched the inclusion criteria showed a high burden of DM that tended to increase over time, from 23.7% in 2009 to 28.1% in 2012. Interestingly, patients with CAP had high DM prevalence in the context of the national DM prevalence. Episodes of CAP in patients with DM had on average 0.8 days longer hospital stay as compared to patients without DM ( p<0.0001), totaling a surplus of 15 370 days of stay attributable to DM in 19 212 admissions. In-hospital mortality was also significantly higher in patients with CAP who have DM (15.2%) versus those who have DM (13.5%) ( p=0.002). Conclusions: Our analysis revealed that DM prevalence was significantly increased within CAP hospital admissions, reinforcing other studies’ findings that suggest that DM is a risk factor for CAP. Since patients with CAP who have DM have longer hospitalization time and higher mortality rates, these results hold informative value for patient guidance and healthcare strategies.
- Dietary sodium intake related with cysteine and methionine in type 2 diabetic patientsPublication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.INTRODUCTION: In Portugal there are over a million diabetics. Most type 2 diabetic patients have salt sensitive hypertension but other cardiovascular risk factors can also be related with a high intake of dietary salt. AIM: To evaluate dietary sodium intake and its relation with homocysteine metabolism and oxidative state in type 2 diabetic patients with and without angiopathy. METHODS: A population-based case-control study in 300 Portuguese adults was performed. The study population was divided into three groups: group I - 75 type 2 diabetics with angiopathy, group II - 75 type 2 diabetics without angiopathy, group III - 150 controls. Plasma levels of homocysteine, cysteine and malondialdehyde were measured by HPLC. Dietary sodium and methionine intakes were assessed by a food frequency questionnaire. Statistical analysis was performed by linear regression model. RESULTS: The prevalence of dietary sodium intake above the recommended limit (2.0 g/day) was very high in all study groups (group I: 93,3% vs. group II: 93,3% vs. group III: 83,2%). Sodium intake was inversely associated with plasma cysteine levels (β = -0.299; t = -2.673; p = 0,009) in type 2 diabetic patients with angiopathy and positively related with methionine intake in diabetic and non-diabetic patients. CONCLUSION: All participants with high dietary sodium intake should initiate a sodium restriction diet that must be maintained at least during five weeks to lower the blood pressure to 130/85 mmHg. Since cysteine has been proposed to have an antihypertensive effect, diabetics with high dietary sodium intake, low plasma cysteine and hyperhomocysteinaemia have an increased risk of having another cardiovascular event. Adopting a balanced diet containing cysteine-rich proteins may be a beneficial lifestyle choice to prevent it.
