Browsing by Author "Martinho, Clarisse"
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- Acidentes domésticos e de lazer na população portuguesa: quem está em risco?Publication . Martinho, Clarisse; Mexia, RicardoPoster sobre acidentes domésticos e de lazer em Portugal, com base no Inquérito Nacional de Saúde de 2014
- Poluição atmosférica exterior e saúde mental um estudo representativo a nível nacionalPublication . Pinheiro-Guedes, Lara; Sousa Uva, Mafalda; Gusmão, Ricardo; Martinho, Clarisse; Matias Dias, Carlos; da Conceição, Virgínia; Gomes Quelhas, Carlos; Saldanha Resendes, Daniel; Gaio, VâniaIntrodução: A poluição atmosférica exterior constitui um grave problema de saúde global. As doenças mentais comuns (DMC), nomeadamente as perturbações depressivas e ansiosas, são uma das principais causas de carga de doença, a nível mundial. A exposição de longo-prazo a partículas inaláveis parece associar-se à redução do bem-estar mental (BEM) e ao diagnóstico de DMC, mas a evidência é inconsistente. Procurámos estimar a associação entre a exposição de longo-prazo a partículas inaláveis com um diâmetro inferior a 10μm (PM10), o BEM e a frequência de diagnóstico provável de DMC. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, de base populacional, em Portugal Continental. A exposição de longo-prazo foi estimada através das concentrações médias anuais de PM10, calculadas com dados provenientes das estações de monitorização da qualidade do ar da Agência Portuguesa do Ambiente e individualizadas para cada um dos participantes do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico que residissem até 30km de pelo menos uma dessas estações, de acordo com o seu código-postal de residência. O BEM e a frequência de DMC foram estimados através da pontuação obtida na escala Mental Health Inventory-5. Utilizaram-se modelos lineares generalizados para estimar percentagens de mudança e razões de prevalências (RP), ajustadas para um potenciais confundidores, e seus intervalos de confiança a 95% (IC95%). Realizaram-se ainda análises de sensibilidade para avaliar eventuais vieses. Resultados: A mediana (intervalo interquartílico) de BEM foi de 72 (56-84) pontos, numa escala de 0 a 100. Verificou-se a ocorrência de diagnóstico provável de DMC em 22,7% (IC95%: 20,0-25,6) dos residentes em Portugal Continental com 25 a 75 anos. A exposição de longo-prazo a PM10 não se associou a uma diminuição estatisticamente significativa da pontuação de BEM [por cada aumento de 10 μg/m³ na concentração média anual de PM10, verificou-se uma diminuição de 2% (IC95%:-8,4) na pontuação]. Esta exposição também não se associou a um aumento estatisticamente significativo da frequência de diagnóstico provável de DMC (RP=1,012; IC95%:0,979-1,045). Discussão e conclusão: A ausência de associações estatisticamente significativas pode ter-se devido à reduzida variabilidade dos níveis de PM10 observados a nível nacional. Alguns estudos de características semelhantes e que reportaram associações estatisticamente significativas foram conduzidos em países asiáticos ou europeus (Alemanha, Bélgica, Espanha e Países Baixos) onde as medianas de concentração e os intervalos de variação observados foram superiores aos nacionais. A atual rede de monitorização da qualidade do ar apresenta limitações funcionais, cobrindo essencialmente a zona litoral do país. A manutenção de uma rede funcionante e de cobertura alargada é essencial para a obtenção de dados de qualidade, que permitam alavancar futuros estudos nesta temática e compreender os reais impactos da poluição atmosférica exterior, no nosso país.
- População portuguesa que autorreportou acidentes em 2014: resultados do 5º Inquérito Nacional de SaúdePublication . Martinho, Clarisse; Nunes, Baltazar; Mexia, RicardoOs acidentes são um problema de saúde pública importante e, em grande parte, evitável. Em Portugal, em 2014 registaram-se 41 267 vítimas de acidentes de viação, não havendo estudos recentes sobre os acidentes domésticos e de lazer. Com o presente estudo pretendemos caracterizar os indivíduos que autorreportaram ocorrência de acidentes em 2014. O estudo utilizou a base de dados do Inquérito Nacional de Saúde 2014, constituindo uma amostra probabilística, representativa de todas as regiões do país, incluindo indivíduos residentes em Portugal com idade igual ou superior a 15 anos. Estimamos a frequência relativa de cada tipo de acidente e medimos a associação entre a ocorrência de acidentes e as características individuais através da razão de prevalências ajustada para todas as variáveis. A frequência relativa da ocorrência de pelo menos um acidente de viação foi de 1,2%, pelo menos um acidente doméstico 3,1% e pelo menos um acidente de lazer foi de 2,4%. Os acidentes de viação foram reportados mais frequentemente por indivíduos com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos e pelos solteiros, enquanto os acidentes domésticos foram reportados por indivíduos do sexo feminino e grupos etários mais velhos, e os acidentes de lazer por indivíduos do sexo masculino, entre os 15 e os 24 anos e indivíduos que praticam exercício físico. As diferenças encontradas relembram-nos que, apesar de muitas vezes tratados como uma entidade única, há evidência de que são acidentes distintos, quer pelo contexto em que ocorrem, quer pelos diferentes grupos de risco, devendo implementar-se estratégias direcionadas a grupos de risco específicos.
- Prevalence os self-reported Common Mental Disorders in the 2015 resident population in PortugalPublication . Pinheiro-Guedes, Lara; Gaio, Vânia; Sousa-Uva, Mafalda; Martinho, Clarisse; Matias Dias, Carlos; da Conceição, Virgínia; Gusmão, RicardoAntecedentes: As doenças mentais comuns, designadamente as patologias depressivas e ansiosas, constituem as principais causas de doença mental. Estimativas de 2019 do Global Burden of Diseases indicam que Portugal é um dos países da União Europeia com maior prevalência destas patologias. Os dados do último estudo nacional de prevalência em doenças mentais comuns datam de 2009. Objetivo: O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de doenças mentais comuns, ao nível regional e nacional, globalmente e de acordo com fatores sociodemográficos, na população residente em Portugal em 2015. Métodos: Realizámos um estudo transversal descritivo, de base populacional, representativo ao nível regional e nacional. Analisámos dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (2015), realizado numa amostra probabilística de 4911 indivíduos dos 25 aos 74 anos, através de entrevistas presenciais conduzidas por profissionais de saúde. Estimámos a prevalência de patologias depressivas e ansiosas (autorreporte de diagnóstico médico de depressão ou ansiedade crónica), por região de saúde, sexo, grupo etário, escolaridade e ocupação profissional, e respetivos intervalos de confiança a 95% (IC95%). As estimativas foram ponderadas para as diferentes probabilidades de seleção e distribuição da população. Resultados: A prevalência de patologias depressivas foi 9,7% (IC95%: 8,2-11,5) e de patologias ansiosas 7,1% (IC95%: 5,7-8,8). As mulheres apresentaram prevalências de patologias depressivas e ansiosas superiores relativamente aos homens (15,2% e 9,1% vs 3,6% e 4,9%, respetivamente). Os indivíduos com ≥ 50 anos, escolaridade até ao 1º ciclo do ensino básico e sem atividade profissional (não desempregados) foram os que apresentaram prevalências superiores. As regiões com maior frequência destas condições foram o Alentejo e o Algarve. Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que entre 2009 e 2015 ocorreu um aumento da prevalência de patologias depressivas (de 6,8% para 9,7%) e da prevalência de patologias ansiosas (de 2,1% para 7,1%), em Portugal
