Browsing by Author "Cortes Martins, Helena"
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- Características da infeção por VIH em dez cidades portuguesas aderentes à iniciativa Fast Track CitiesPublication . Fernandes, Ana; Bettencourt, Joana; Cortes Martins, Helena; Aldir, IsabelIntrodução: A iniciativa Fast Track Cities visa envolver os municípios no cumprimento dos objetivos da estratégia 90-90-90 da ONUSIDA, em colaboração com as estruturas locais. O conhecimento das características das epidemias das suas cidades facilitará a definição das estratégias de intervenção local. Objetivo: Analisar as características da epidemia de VIH em 10 cidades do país que aderiram à iniciativa Fast Track Cities.
- As características dos indivíduos com idade acima de 50 anos e diagnosticados com infeção VIH em Portugal no período 1983-2013Publication . Shivaji, Tara; Cortes Martins, Helena; Diniz, AntónioIntrodução Nos últimos anos a nível mundial, o número de indivíduos com idade acima de 50 anos e diagnosticados com infecção VIH, tem aumentado. A população portuguesa está a envelhecer e, por este facto, precisamos de compreender as características da epidemia do VIH nesta faixa etária, de modo a prevenir a infeção e facilitar o acesso a cuidados médicos. Material e Métodos Foi realizada uma análise descritiva dos casos de VIH em indivíduos de 50 ou mais anos no momento do diagnóstico e com notificação ao Núcleo de Vigilância Laboratorial de Doenças Infecciosas do INSA, entre 1983 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados No período do estudo foram notificados 6782 casos de infeção VIH, dos quais 2653 indivíduos (39%) desenvolveram SIDA. A análise da distribuição por sexo revela um ratio homem: mulher de 2.5. A maioria dos casos (4987;77%) registou-se em indivíduos nativos de Portugal e reportando a categoria de transmissão “heterossexual” (5509; 81%). Em 2013, os indivíduos da faixa etária em estudo foram responsáveis por 26% dos casos de infeção VIH registados neste ano, correspondendo a uma taxa de 8,4 casos de infeção VIH /100.000 indivíduos. Discussão e Conclusões O perfil epidemiológico da infecção VIH evoluiu ao longo dos 30 anos da epidemia e actualmente os indivíduos com idade acima de 50 anos representam um quarto de todos os novos diagnósticos de VIH feitos em Portugal. O conhecimento desta evolução é da maior importância para o desenho e optimização dos programas de prevenção e intervenção.
- Characteristics of late presentation of HIV infection in MSM and heterosexual adults in Portugal 2011-2013Publication . Shivaji, Tara; Diniz, António; Cortes Martins, HelenaBackground: It is estimated that over half of newly diagnosed HIV infections in Europe present late. An HIV positive individual presenting late to care represents a missed opportunity to benefit from treatment, increasing the risk of morbidity and mortality at an individual level, and onward disease transmission at population level. Reducing late presentation is a strategic priority of the Portuguese HIV/AIDS program. We set out to describe the characteristics of late presentation in the two largest transmission risk groups currently in Portugal to inform HIV prevention and treatment. Methods: We extracted details of all notified cases from individuals over 15 years with a laboratory confirmed HIV diagnosis made between January 2011 and December 2013 from the Portuguese HIV surveillance database and selected cases from heterosexuals and men who have sex with men (MSM). We defined late presentation as an initial CD4 count <350 cells/mm3 or presence of AIDS-defining disease at time of HIV diagnosis. We calculated adjusted odds ratios (aOR) with 95% confidence intervals (CI) for characteristics associated with late presentation in separate logistic regression for heterosexuals and MSM. Results: Of 4219 HIV positive cases notified, 2589 (61%) were heterosexuals and 1220 (29%) were MSM. 1586 (38%) cases presented late of which 1037 (40%) were heterosexual and 328 (27%) were MSM. The median age at late presentation was 40 in heterosexual women, 46 in heterosexual men and 35 in MSM.1446 (55%) of heterosexual HIV positive adults were unaware of having had a high risk sexual contact. Late presentation among heterosexuals was associated with being male (aOR= 1.58 95% CI: 1.29-1.93), not knowing a partners’ HIV status (OR=1.59 95% CI: 1.35-1.87) and age, increasing the odds of late presentation by a factor of 1.02 per year (95% CI: 1.01-1.03). Among MSM, only age was associated with late presentation, increasing by 1.04 (95% CI 1.03-1.05) per year. Conclusion: Portuguese HIV prevention programs need to increase the risk awareness of heterosexuals, particularly men, to reduce missed opportunities for early diagnosis. As half of all cases presenting late are aged 40 and over, we recommend that general HIV outreach services and specialist services for MSM review their accessibility and acceptability to both middle and older-aged clients.
- Distribuição mundial dos genótipos (epidemiologia molecular de VIH)Publication . Cortes Martins, Helena
- Estimativa de Pessoas que vivem com VIH, Fração não Diagnosticada e Demora Diagnóstica em Portugal, 2017Publication . Bettencourt, Joana; Fernandes, Ana; Cortes Martins, Helena; Aldir, IsabelIntrodução: Em Portugal, pese embora se registe uma tendência decrescente no número de novos casos de infeção por VIH, as taxas de novos diagnósticos são das mais elevadas da União Europeia. Com vista a acelerar a resposta nacional, Portugal assumiu o compromisso de, até 2020, atingir as metas propostas pela ONUSIDA: diagnosticar 90% das pessoas que vivem com VIH (PVVIH); tratar 90% das PVVIH diagnosticadas e alcançar a supressão viral em 90% das PVVIH em tratamento. Objetivos: Conhecer a estimativa das PVVIH e a dimensão e características da fração da população infetada e não diagnosticada, em Portugal. Material e Métodos: Com recurso aos dados da vigilância epidemiológica da infeção por VIH-1, em maiores de 14 anos, utilizou-se a aplicação informática HIV Modelling Tool do ECDC para efetuar as estimativas de prevalência, incidência, fração não diagnosticada e demora diagnóstica para a infeção por VIH-1. Resultados: Em Portugal, estima-se que 39.820 (39.219-40.485) pessoas viviam com VIH-1 no final de 2017 e que 3.087 (2.759-3.549) não estariam diagnosticadas, correspondendo a uma fração não diagnosticada de 7,8% (7,0%-8,8%). Calculou-se que no ano 2017 ocorreram 631 (410-885) novas infeções e o tempo entre a infeção e o seu diagnóstico, demora diagnóstica, foi estimado em 3,4 anos (3,2-3,7). A estimativa, estratificada para os diferentes modos de transmissão, mostrou que uma fração não diagnosticada mais elevada nos homens heterossexuais, 13,9% (12,0-16,7) e o valor mais baixo observou-se nos utilizadores de drogas injetáveis (UDI): 1,5% (1,4-2,3). Encontraram-se também diferenças ao nível da demora diagnóstica, que nos homens heterossexuais foi de 5,4 anos (5,1-5,6), mais do dobro da estimada para os homens que têm sexo com outros homens (HSH): 2,5 anos (2,2-2,7). A tendência temporal na proporção de casos diagnosticados anualmente relativamente à pool de casos não diagnosticados, mostra uma evolução favorável, aumentando cerca de 10% na última década. Conclusão: Em Portugal 92,2% das PVVIH estão diagnosticadas e a redução da fração não diagnosticada reforça a importância das medidas implementadas nos últimos anos, tais como a generalização da oferta do rastreio e diagnóstico da infeção em diferentes estruturas formais e informais de saúde. Contudo, a existência de uma fração da população que vive com a infeção e que não está diagnosticada justifica que se reforcem e se diversifiquem essas iniciativas.
- Evolução de casos de transmissão VIH-1 da mãe ao filho em PortugalPublication . Pádua, Elizabeth; Almeida, Catarina; Água-Doce, Ivone; Cortes Martins, HelenaIntrodução: Um dos maiores sucessos no combate à infeção VIH/SIDA foi a redução das taxas de transmissão mãe-filho (TMF) em resultado da implementação de estratégias preventivas. Objetivo: Análise da evolução das taxas de TMF do VIH-1 entre 1999-2010 em crianças nascidas de mães infetadas seguidas através de um protocolo laboratorial para diagnóstico precoce da TMF implementado pelo Laboratório Nacional de Referência do VIH. Materiais e Métodos: Amostras de 2418 crianças em risco de infeção VIH-1 provenientes de 38 maternidades e hospitais do continente e ilhas foram processadas para pesquisa de DNA VIH-1. Foi também analisada informação disponível relacionada com o cumprimento (sim ou não) das medidas de prevenção da TMF preconizadas para a grávida e recém-nascido. Resultados: Entre 1999 a 2010, foram diagnosticados 69 casos de TMF do VIH-1. A taxa anual de transmissão mais elevada obtida foi de 7% em 1999 e a mais baixa de 0,5% em 2005. Foram obtidas taxas de transmissão de 2% em 2006, 1,9% em 2007, 2,2% em 2008 e em 2009, e 1,7% em 2010. Observou-se que em 87% (n=60) das crianças com diagnóstico de infeção, não foram seguidas as medidas de prevenção tendo sido encontrada uma associação estatisticamente significativa entre transmissão VIH-1 e ausência de prevenção (p <0,000001). Apesar dos benefícios comprovados da terapia anti retrovírica (TAR) na prevenção da TMF foi observado nos últimos 3 anos e numa proporção variando entre 18,1% e 14,6% dos casos, a ausência de cumprimento de TAR de prevenção. Neste grupo estão incluídos casos de gestação mal vigiada e de seroconversões VIH-1 na grávida. Conclusão: Observou-se uma evolução positiva na redução das taxas de transmissão de 1999 até 2005. Nos últimos 5 anos, as taxas de TMF do VIH-1 foram mantidas próximo dos 2%. Embora se continue a diagnosticar casos de TMF no país, existem objetivos estratégicos na saúde para eliminação desta via de transmissão. Neste contexto, seria importante implementar uma ação concertada para reduzir o número de gravidezes não vigiadas e promover nos parceiros das grávidas a realização de rastreio de anticorpos VIH no sentido de poder prevenir as seroconversões durante a gestação.
- Frequência de Mutações de Resistência aos ARVs em novos casos de infeção por VIH-1, diagnosticados em Portugal no ano 2018Publication . Aldir, Isabel; Cortes Martins, Helena; Caetano, Constantino; Sarmento, António; Serrão, Rosário; Saraiva da Cunha, José; Oliveira, Joaquim; Maltez, Fernando; Manata, Maria José; Mansinho, Kamal; Ayres Pereira, Álvaro; Zagalo Melo, Alexandra; Afonso, Cláudia; Marques, Nuno; Aleixo, Maria João; Faria, Domitília; Proença., Ana PaulaIntrodução: A avaliação da presença de mutações que confiram resistência aos fármacos usados no tratamento da infeção por VIH-1, faz parte da avaliação laboratorial efetuada no quadro de um diagnóstico de novo, e a monitorização da sua prevalência é preconizada internacionalmente. Objetivos: Avaliar a frequência de mutações de resistência (MR) entre doentes com diagnóstico estabelecido em 2018 e identificar determinantes para a sua ocorrência.
- Hepatite E: diagnóstico serológico em hepatites de etiologia desconhecidaPublication . Manita Ferreira, Carla; Almeida Santos, João; Água-Doce, Ivone; Lourenço, Teresa; Benoliel, Camalavati; Matos, Rita; Cortes Martins, HelenaIntrodução A infeção por VHE tem maior incidência nos países em desenvolvimento, nomeadamente no sudoeste asiático, como por exemplo a Índia e a China, surgindo nos restantes países como casos importados. Recentemente foram descritos casos de hepatite E em países desenvolvidos sem que estivesse presente o principal fator de risco, viagens recentes a zonas endémicas, sugerindo a existência de reservatórios do VHE nestes países. O crescente número de casos de VHE autóctone alerta para um potencial problema de saúde pública em áreas não endémicas para este agente, no qual Portugal se encontra incluído. Este trabalho teve como objetivo a análise retrospetiva (2000/2011) de infeção por VHE em casos de hepatite de etiologia desconhecida. Material e Métodos Entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2011, foram recebidos no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 241 amostras de soro de indivíduos com diagnóstico de hepatite de etiologia desconhecida, nos quais foi realizada a pesquisa de anticorpos VHE (IgG/IgM), por ensaio imunoenzimático. Resultados De entre as amostras estudadas, 12.9% (n=31) revelaram a presença de VHE IgM (infeção aguda/recente), 8.3% (n=20) foram positivos apenas para VHE IgG (infeção antiga/convalescença) e 78.8% (n=190) não apresentaram anticorpos VHE. A distribuição de resultados positivos para anticorpos VHE (IgG/IgM) foi a seguinte: n=1 entre 2000 e 2005; n=2 em 2006; n=6 em 2007; n=9 em 2008, 2009 e 2010; n=15 em 2011. Conclusões A relevância da infeção por VHE, como possível causa de hepatite, é evidenciada pelo facto de 51 indivíduos (21.2%) apresentarem anticorpos VHE, dos quais 31 (12.9%) revelaram a presença de VHE IgM, resultado compatível com infeção aguda ou recente. O aumento gradual do número de pedidos, para deteção de anticorpos VHE, bem como de resultados positivos, poderá ser o reflexo não só do aumento real de número de infeções, mas também de uma maior sensibilização dos clínicos para a existência de casos de infeção por VHE, em Portugal. Não foi possível determinar se os casos de infeção encontrados seriam importados ou autóctones, por ausência de informação, evidenciando a necessidade de uma melhor colaboração entre os clínicos e o laboratório, de forma a conhecer o padrão epidemiológico da hepatite E, em Portugal.
- Improving data management practices in the Portuguese HIV/AIDS surveillance system during a time of public sector austerityPublication . Shivaji, Tara; Cortes Martins, HelenaIn a climate of public sector austerity, the demand for accurate information about disease epidemiology rises as health program managers try to align spending to health needs. A policy of case re-notification to improve HIV information quality resulted in a nine-fold increase in the number of case reports received in 2013 by the Portuguese HIV surveillance office. We used value stream mapping to introduce improvements to data processing practices, identify and reduce waste. Two cycles of improvement were trialled. Before intervention, processing time was nine minutes and 28 seconds (95%CI 8:53-10:58) per report. Two months post intervention, it was six minutes and 34 seconds (95% CI 6:25-6:43). One year after the start of the project, processing time was five minutes and 20 seconds (95% CI 1:46-8:52).
- Infeção VIH/SIDA em Portugal: o rosto atual de uma epidemia com três décadasPublication . Cortes Martins, Helena; Shivaji, TaraIntrodução e Objetivos: Portugal apresenta a maior taxa de novos casos de infeção VIH na Europa Ocidental e ascendia a 47390 o total de casos de infeção VIH notificados até 31 de Dezembro de 2013. Nos 30 anos que decorreram desde que o primeiro caso de infeção por VIH foi diagnosticado em Portugal a epidemia sofreu evolução, pelo que se afigura importante apresentar as suas características atuais. Métodos: Foi efetuada análise descritiva dos casos de infeção VIH e SIDA diagnosticados em 2013 e análise de tendências dos casos notificados ao INSA entre 1985 e 31 de Dezembro de 2013 usando o programa Joinpoint (versão 4.1.1). Resultados: Entre 2000-2012 a taxa de novos diagnósticos notificados apresenta um decréscimo lento. Em 2013, foram diagnosticadas e notificadas 1093 novas infeções, o que sugere uma taxa de 10,5 novas infeções por 100000 habitantes. O ratio H/M foi de 2,4. A mediana das idades à data do diagnóstico revela um aumento temporal ao longo da epidemia, em 2013 metade dos casos referentes a adultos correspondiam a indivíduos com idade ≥40 anos. O modo de transmissão mais frequente em 2013 foi o contacto heterossexual (61%). Contudo, regista-se um aumento temporal no número de casos na categoria “Homo/bissexual” e, em 2013, 43% dos novos casos de infeção em indivíduos do sexo masculino correspondem a homens que têm relações sexuais com homens (HSH). Os HSH tendem a ser mais jovens que os heterossexuais à data de diagnóstico, metade têm idade ≤32anos Os casos associados ao consumo de drogas representaram 7% dos novos diagnósticos em 2013. Dos 70% de novos casos com diagnóstico em 2013 e informação sobre valores de CD4 da primeira avaliação clínica, 58% referem valores <350 células/mm3. Durante o ano 2013 foram diagnosticados e comunicados ao INSA 322 novos casos de SIDA, sendo a pneumonia por Pneumocystis a doença definidora de SIDA mais comummente referida. Conclusões: A infeção por VIH continua a representar um desafio importante para a Saúde Pública de Portugal. Atualmente a transmissão é maioritariamente sexual em contraste com o verificado em décadas anteriores. O aumento do número de novos diagnósticos de infeção por VIH em jovens do sexo masculino que têm sexo com homens e a elevada percentagem de diagnósticos tardios em heterossexuais de meia-idade são tendências recentes que urge compreender e reverter.
