Alves, TatianaRodrigues, EmanuelNeto, MarianaMexia, RicardoMatias-Dias, Carlos2021-03-122021-03-122020-10-23http://hdl.handle.net/10400.18/7425Resumo publicado em: Gac Sanit. 2020;34:54 (Espec. Congr. - Lesiones por causas externas/Lesões por causas externas). Disponível em: https://static.elsevier.es/miscelanea/congreso_gaceta2020.pdfOs Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) considerados um problema de Saúde Pública representam um dos riscos para a saúde e segurança dos indivíduos ao longo do ciclo de vida (EusoSafe, 2016). É sabido de que se trata de um fenómeno que ocorre livre da vontade humana, independente da idade, quer em contexto doméstico, de lazer, escolar e até desportivo e sendo uma ocorrência potencialmente, evitável é de todo o interesse conhecer a verdadeira dimensão da problemática na população portuguesa e em que grupos porventura, possa afetar particularmente, no sentido de ser possível o delineamento de intervenções dirigidas a grupos específicos, ao nível da sua prevenção. O objetivo do presente estudo foi calcular a incidência anual dos Acidentes Domésticos e de Lazer que necessitaram de assistência em serviço de urgência do SNS, em Portugal Continental, no ano de 2019, por sexo e grupo etário. Para a análise efetuada foram consideradas o total de entidades de saúde do SNS que dispõem de serviço de urgência e do sistema de informação SONHO. Neste sentido, como fontes de informação, para além do Sistema EVITA (INSA) e SONHO (SPMS), foram utilizadas as estimativas da população do Instituto Nacional de Estatística (2018). Com base nos registos das urgências hospitalares em 2019, em ambiente SONHO, apurou-se o número total de vitimas por ADL que necessitaram de recorrer a este serviço de saúde, o que permitiu o cálculo da taxa de incidência de ADL assistidos em urgências hospitalares, em Portugal continental, nesse ano. No ano de 2019, ocorreram 526 716 urgências por ADL, pelo que, cerca de 11% das urgências hospitalares em Portugal Continental foram causadas por um ADL, correspondendo a uma taxa de incidência de 53,8/1000 habitantes. De um modo geral, observou-se uma taxa de incidência por este motivo de admissão ao serviço de urgência superior no sexo masculino (57,6‰) do que no sexo feminino, sendo que, esta diferença foi observada em todos os grupos etários até aos 54 anos, deste grupo em diante, as vitimas do sexo feminino apresentaram taxas mais elevadas. As vítimas com uma taxa de incidência mais elevada, no ano de 2019, enquadram-se nos grupos etários dos 5 aos 14 anos (104,1‰), dos 75 e mais anos (89,9‰) e dos 0 aos 4 anos (80,1‰). Apurou-se ainda que 5,3% das urgências hospitalares por ADL, em Portugal Continental, no ano de 2019, resultaram em internamento. Considerando que a medição da frequência deste acontecimento de saúde importa na sustentação e desenho de políticas de prevenção de acidentes, bem como, na sua eventual monitorização e impacto, o estudo agora efetuado representou um avanço relevante na medida em que contribui para que a verdadeira dimensão desta problemática e principais grupos afetados se vá tornando uma realidade cada vez mais nítida.porAcidentes Domésticos e de LazerIncidênciaADLServiço de UrgênciaEstados de Saúde e de DoençaHospitaisEpidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e AcidentesEVITAPortugalIncidência de Acidentes domésticos e de Lazer em Portugal Continental, em 2019conference object