Ramos, Teresa2017-11-102017-11-102017-07-14http://hdl.handle.net/10400.18/4824Resumo: Fala-se em Autoimunidade quando a resposta imune de um hospedeiro é dirigida contra componentes do próprio, levando à produção de anticorpos (Ac) contra autoantigénios específicos e causando danos tecidulares de forma perpetuada. Na sua origem podem estar múltiplos factores, sendo a predisposição genética um dos factores predominantes. As doenças autoimunes (DA) classificam-se essencialmente em duas categorias,consoante a dimensão do que afetam: Específicas de órgão ou de caráter multissistémico. O diagnóstico laboratorial é feito essencialmente através da pesquisa de auto-anticorpos. No diagnóstico de DA sistémicas (exº: AR, LES, esclerose múltipla, esclerodermia) é feita a pesquisa de autoanticorpos antinucleares ANA, no nosso caso por Imunofluorescência Indireta (IFI) e complementado com a pesquisa de autoantigénios específicos Enas, por Imunoblot. No diagnóstico de DA específicos de órgão são utilizados diversos métodos imunoenzimáticos, sendo o ELISA o mais utilizado no nosso laboratório (exº: pesquisa de Ac anti-tiroideus, anti-cardiolipina, anti-transglutaminase). A identificação do tipo de ANA é feito através dos diferentes padrões de fluorescência observados nas células Hep2 (substrato) e contribui para o diagnóstico diferencial e avaliação do prognóstico. Na avaliação de hepatites crónicas autoimunes e cirrose biliar primária é utilizado um substrato baseado em cortes de tecidos (fígado, rim e estômago de rato) para pesquisa de Ac anti-AMA, anti-ASMA e anti-LKM, também por IFI. Os parâmetros mais pedidos no nosso laboratório, nesta área, são os Ac anti-tiroideus (Tg e TPO) e os Ac anti-nucleares, ANA, com uma percentagem de positividade de 19 a 25%.porAutoimunidadePredisposição GenéticaDoenças AutoimunesAutoimunidade: enquadramento e abordagem laboratoriallecture