Martins, PedroPapoila, Ana LuísaMarques, JoãoCaires, IolandaMartins, JoséPedro, CatarinaManilha, Maria do CarmoCano, ManuelaSilva, Ana SofiaAelenei, DanielNogueira, SusanaPaixão, João PauloTeixeira, João PauloViegas, JoãoRosado-Pinto, JoséLeiria-Pinto, PaulaNeuparth, Nuno2013-01-022013-01-022011-10http://hdl.handle.net/10400.18/1142Muitas crianças com idade inferior a 6 anos apresentam sibilância no decurso de infecções respiratórias. O projecto ENVIRH tem como parte integrante dos seus objectivos identificar factores de risco para sibilância relacionados com as características construtivas / qualidade do ar interior das creches e infantários. Métodos: No âmbito do Projecto ENVIRH foram seleccionadas aleatoriamente 46 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) das cidades de Lisboa e Porto, estratificadas por freguesia e número de alunos. As escolas seleccionadas corresponderam a metade das IPSS destas duas cidades. Em Outubro de 2010 foi entregue aos pais de todas as crianças uma versão resumida do questionário do estudo ISAAC (n=5161). Efectuou-se no mesmo período uma avaliação sumária das características construtivas e da qualidade do ar de todas as escolas participantes. Para a análise dos dados foram utilizadas Equações de Estimação Generalizadas (GEE), de forma considerar a estrutura de correlação dos indivíduos de cada IPSS. Resultados: Foram devolvidos 3185 questionários. A idade média foi de 3.1 ± 1.5 anos, sendo 50.5% do sexo masculino. A prevalência reportada de sibilância nos 12 meses anteriores foi de 27.5% (IC 95%: 25.9% - 29.0%). Das diversas varáveis consideradas - idade, sexo, escolaridade dos pais, tabagismo passivo, existência de irmãos mais velhos, antecedentes de eczema na criança, antecedentes de asma ou rinite nos pais, idade e área da IPSS, número de alunos, existência de bolores na instituição, temperatura, humidade relativa e concentração de CO2 médias do ar interior durante o período de ocupação - somente persistiram significativas na análise multivariável (p<0.05) a idade (OR: 0.74; IC 95: 0.70 - 0.78; p<0.001), antecedentes de eczema (OR: 1.35; IC 95: 1.14 - 1.60; p<0.001), e antecedentes de asma ou rinite nos pais (OR: 1.99; IC 95: 1.67 - 2.38; p<0.001). Um aumento médio de 100 ppm de CO2 também se associou com sibilância nos 12 meses anteriores (OR: 1.02; IC 95: 1.01 - 1.03; p=0.008). Conclusão: Tratando-se a concentração de CO2 um marcador indirecto da ventilação e da qualidade do ar interior, os resultados alcançados sugerem a necessidade de introduzir melhorias nestes parâmetros, ao nível das creches e infantários, dado existir uma associação muito significativa das concentrações de CO2 com sibilância.porAr e Saúde OcupacionalAvaliação de RiscoFactores de Risco para SibilânciaQualidade do Ar InteriorRisco de SibilânciaInfecções RespiratóriasVentilaçãoFactores de Risco para sibilância: resultados da Fase1 do Projecto "Ambiente e Saúde em Creches e Infantários" (ENVIRH)conference object