Simplício, LeonorSoares, PatriciaAnjos, JoãoAlmeida-Silva, MarinaOsório, Hugo2024-01-182024-01-182023-06http://hdl.handle.net/10400.18/8921Introdução: Os agentes infeciosos transmitidos por mosquitos vetores que provocam doenças como o dengue, Zika ou chikungunya são uma ameaça à saúde pública. Os mosquitos das espécies Aedes aegypti e Ae. albopictus são atualmente os principais vetores e responsáveis por surtos na região europeia (WHO, 2020). Torna-se crucial avaliar o conhecimento, atitudes e práticas em relação aos mosquitos e às doenças associadas, de modo a aumentar a adesão da população às medidas de controlo. Alguns exemplos destas medidas são a eliminação de criadouros domésticos, o uso de inseticidas e a aplicação da Técnica do Inseto Estéril (SIT), que consiste num método de controlo biológico com a aplicação de insetos machos estéreis em áreas alvo de intervenção, com o objetivo de suprimir a população (IAEA, 2023). Objetivos: Avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas em relação aos mosquitos vetores, doenças associadas e medidas de controlo numa comunidade estudantil em Lisboa. Metodologia: Foi desenvolvido um questionário com recurso à ferramenta Google Forms e dividido em quatro secções: 1. Perceção sobre mosquitos na zona de residência, 2. Avaliação do conhecimento sobre mosquitos, 3. Prevenção individual e controlo vetorial e 4. Dados do participante. Este questionário foi aplicado à população alvo de uma escola de ensino superior localizada em Lisboa e divulgado em 2021 internamente via email, tendo ficado disponível à participação durante todo o mês de março. Posteriormente, foi feita uma análise descritiva dos resultados através da determinação da frequência absoluta e relativa. Resultados: Obteve-se um total de 140 questionários completos, dos quais 81% dos participantes correspondiam ao género feminino e 73% tinha uma idade inferior a 25 anos. Verificou-se que apenas duas pessoas acertaram todas as questões de conhecimento. Em relação à questão da técnica SIT, 86% dos participantes desconheciam esta técnica, contudo, 73% concorda totalmente com a sua aplicação. Apenas 13 participantes identificam que são os mosquitos do género feminino que picam e conhecem a técnica SIT e apenas um destes 13 participantes não concorda com a aplicação desta técnica. Em relação às práticas verificou-se que 16% dos participantes adotam medidas de proteção individual contra mosquitos e medidas de controlo nas suas residências e que cinco destes não considera estas medidas suficientes e eficazes. Outro resultado foi o facto de 7,1% dos participantes afirmarem extrema preocupação pelos mosquitos transmitirem doenças, contudo apenas cinco adotam medidas de proteção tanto individual como de controlo. Em relação ao nível de incomodidade, 89% dos participantes não sente qualquer incómodo em relação aos mosquitos e 25% dos participantes que sentem desconforto alteram as suas atividades ao ar livre. Conclusão: Os resultados evidenciam a importância de manter a população informada e de a integrar em atividades que visem o aumento do conhecimento em relação aos vetores e às doenças associadas, uma vez que um elevado número das doenças transmitidas por vetores pode ser evitável através de medidas de proteção e mobilização da comunidade (WHO, 2020).porDoenças infecciosaVetoresAgentes InfeciososMosquitosAedes aegyptiAe. albopictusInfecções Sistémicas e ZoonosesDoenças Transmitidas por VetoresComunicaçãoSaúde PúblicaPortugalAvaliação de conhecimentos, atitudes e práticas em relação a mosquitos enquanto vetores de doença numa comunidade estudantil em Lisboaconference object