Uva, Mafalda de SousaRoquette, RitaTorres, Ana RitaRodrigues, Ana Paula2021-01-152021-01-152020-12Boletim Epidemiológico Observações. 2020;9(Supl 12):19-220874-29282182-8873 (em linha)http://hdl.handle.net/10400.18/7254Agradecimentos: Agrademos a todos os Médicos-Sentinela. Um especial agradecimento pelo contributo na redação do artigo à Dra. Ana Cristina Pardal Garcia.Com a declaração do primeiro estado de emergência nacional decorrente da pandemia da COVID-19 em Portugal (a 18 de março de 2020), e consequente reorganização da prestação de cuidados nos serviços de saúde, as notificações de casos de doença na Rede Médicos-Sentinela sofreram um decréscimo acentuado. De modo a apurar as razões para esse decréscimo, foi aplicado, em abril de 2020, um questionário de autorresposta aos médicos inscritos na Rede. A redução do número de notificações semanais foi atribuída pela maioria dos respondentes (65%) à diminuição do número de consultas presenciais. A maioria dos respondentes (72%) referiu não ter atendido doentes com infeções respiratórias agudas, sendo que 85% das unidades de prestação de cuidados de saúde onde os mesmos trabalham deram indicações para estas consultas passarem a ser realizadas telefonicamente. A quase totalidade (98%) das unidades de prestação de cuidados de saúde dos médicos da Rede direcionaram os utentes com quadro clínico de infeção respiratória aguda para as áreas de atendimento dedicadas à COVID-19. Os resultados deste estudo revelam a necessidade de inclusão de contactos não presenciais nas notificações da Rede Médicos-Sentinela, em particular, para a vigilância de infeções respiratórias agudas, e por forma a adaptar a Rede Médicos-Sentinela às novas exigências profissionais dos seus participantes.The declaration of the first national state of emergency, resulting from COVID-19 in Portugal (on March 18, 2020), and consequent reorganization of the provision of care in health services, caused a sharp decrease of the notifications of cases of illness in the Sentinel Physicians Network. In order to ascertain the reasons for this decrease in participation, a self-answer questionnaire was applied to physicians enrolled in the Network in April 2020. The reduction in the number of weekly notifications was attributed by most respondents (65%) to the decrease in the number of consultations. The majority of respondents (72%) reported not having treated patients with acute respiratory infections and 85% of the health care units where they work gave indications for these consultations to be carried out by telephone. Almost all (98%) of the health care units directed users with acute respiratory infection for the areas dedicated to COVID-19. The results of this study reveal the need to consider the inclusion of non-face-to-face contacts in notifications from the Sentinel Physicians Network, in particular, for the surveillance of acute respiratory infections, and in order to adapt the Sentinel Physicians Network to the new professional requirements of its participants.porCOVID-19Pandemia da COVID-19Infeção por SARS-CoV-2Respostas de Saúde PúblicaCuidados de SaúdeMédicos-SentinelaRede Médicos-SentinelaVigilância SentinelaInfecções RespiratóriasSaúde PúblicaPortugalPandemia da COVID-19: caracterização da atividade dos Médicos-Sentinela durante o primeiro estado de emergênciaCOVID-19 pandemic: characterization of Sentinel Physicians' practice during the first state of emergencyjournal article