Correia, SandrinaBraz, PaulaMachado, AusendaRodrigues, Ana PaulaDias, Carlos Matias2016-03-212016-03-212016-03Boletim Epidemiológico Observações. 2016 janeiro-abril;5(15):30-330874-29282182-8873 (em linha)http://hdl.handle.net/10400.18/3701[PT] Os dados do RENAC mostram que 2,3% das mulheres com suspeita de anomalia fetal durante a gravidez, entre 2008 e 2010 e 3,5% entre 2011 e 2013 recusaram a realização de exames invasivos. Este estudo pretende caracterizar estas mulheres tendo-se encontrado na literatura alguns fatores maternos relacionados com esta decisão. Assim, realizou-se um estudo descritivo, transversal, com utilização de dados notificados ao RENAC no período de 2008 a 2013. Neste período 7,7% das grávidas recusaram a realização de exames invasivos. Estas mulheres tinham em média 37,3 anos (mín-máx: 18-48, desvio padrão= 5,37), 16,2% não tinham nacionalidade portuguesa e 30,8% não exerciam uma atividade profissional. A história obstétrica revelou que em mediana tiveram duas gestações e dois nados-vivos anteriores. Em 5,5% a presente gestação resultou de reprodução medicamente assistida. Observou-se a existência de associação estatisticamente significativa com o grupo etário da grávida, a naturalidade, a ocupação, a etnia, o estado migratório, a história obstétrica e o consumo de álcool durante o 1º trimestre de gestação. Estes resultados são semelhantes aos descritos noutros estudos, nomeadamente, o facto de pertencerem a um grupo etário mais avançado e a minorias étnicas, para além de serem multíparas aumentar a probabilidade de recusarem um exame invasivo.[EN] Data from the Por tuguese Registr y of Congenital Anomalies (RENAC) show that between 2008 and 2010, 2.3% of women with suspected fetal anomaly during pregnancy, and 3.5% between 2011 and 2013 refused to per form invasive tests. This study aims to characterize these women since the literature indicates that maternal factors are related to these decisions. A descriptive, cross-sectional study, was per formed using data repor ted to RENAC between 2008-2013. 7,7% of the pregnant women refused to perform invasive tests. These women had an average of 37.3 years (Min-Max: 18-48, standard deviation = 5.37), 16.2% were not portuguese and 30.8% had no professional activity. The obstetric history revealed that, on average had two previous pregnancies and two previous live births. In 5.5% of the cases, this pregnancy was a result of medically assisted reproduction. Statistically significant association was found between refusal and: age group of the pregnant; the nationality; the occupation; ethnicity; the migratory status; the obstetric history and alcohol consumption during the first trimester of pregnancy. These results are similar to those described in other studies in particular belonging to a more advanced age group, having previous gestations and belonging to ethnic minorities may increase de odd of refusing invasive tests.porAnomalias CongénitasExames InvasivosAmniocenteseBiopsia de Vilosidades CoriónicasCordocenteseDiagnóstico pré-natalEstados de Saúde e de DoençaRENACRegisto Nacional de Anomalias CongénitasPortugalCaracterísticas das mulheres que recusam exames invasivos: dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas entre 2008 e 2013Characteristics of women who refused to perform invasive tests: data from the Portuguese Registry of Congenital Anomalies between 2008 and 2013journal article