Alves, TatianaSantos, AnaRodrigues, EmanuelMexia, RicardoNeto, MarianaMatias-Dias, Carlos2020-06-082020-06-082019-09-06http://hdl.handle.net/10400.18/6959Resumo publicado em: Gac Sanit. 2019;33(Espec Congr):147. (CO19. Lesiones por causas externas/Lesões por causas externas, nº 392). Disponível em: https://www.gacetasanitaria.org/index.php?p=revista&tipo=pdf-simple&pii=X0213911119000670Os acidentes em contexto doméstico e de lazer (ADL), em especial aqueles que atingem grupos mais vulneráveis da população como crianças e idosos, requerem o planeamento, execução e avaliação de intervenções preventivas e mitigadoras das consequências deles decorrentes baseadas em evidência epidemiológica. O presente estudo teve como objetivo estimar a frequência de casos de recurso à urgência hospitalar por quedas, enquanto mecanismo de lesão, e a sua caracterização quanto ao local de ocorrência, tipo de lesão e resposta desencadeada nos serviços de saúde, no ano de 2018, tendo em vista um melhor conhecimento acerca dos ADL em Portugal. Foram analisados dados gerados pelo sistema EVITA, alimentado pelo registo de ADL nos Serviços de Urgência das unidades hospitalares do SNS que participam neste sistema. Dos 38 Centros Hospitalares em condições de participar em EVITA, por terem SONHO, reportam 21. Foi analisada a frequência e distribuição das quedas, em função do local de ocorrência, tipo de lesão e destino após alta e realizadas comparações bivariáveis para as variáveis categóricas utilizando o teste do Qui-quadrado de Pearson. O nível de significância do teste foi estabelecido em 5%. No ano de 2018, foram registadas no sistema EVITA 67 754 quedas. Com maior frequência no sexo feminino (54,3%), do que nos homens (45,7%), e nos grupos etários entre os 0 e os 14 anos (27,1%) e 65 e mais anos (37,6%), sendo estas diferenças estatisticamente significativas (p<0,01). Quase metade das quedas ocorreram em casa (48,1%), seguindo-se o contexto escolar/área institucional ou recintos públicos (18,7%) e ao ar livre (11,5%), encontrando-se diferenças estatisticamente significativas entre os diferentes locais de ocorrência (p<0,01). O tipo de lesão mais frequentemente observado foi a contusão/hematoma (64,3%) e a ferida aberta (14,1%). Na sequência de acidente causado por queda, a maioria das vitimas teve alta para o “Exterior não referenciado” (61,0%) e para “Referenciação para Consulta” (26,4%), tendo-se verificado com menor frequência, os casos de internamento hospitalar (7,1%) e de situações de óbito (0,04%). Estes resultados estão em linha com os dados europeus revelados pela EuroSafe. Considerando que uma fração relevante das quedas poderão ser prevenidas, a informação agora produzida reforça a importância deste problema quanto á sua magnitude e sugere, além de alvos para programas de prevenção, linhas de investigação futura sobre grupos específicos, mecanismos de lesão e aprofundamento da investigação acerca dos determinantes das quedas.porAcidentes Domésticos e de LazerEVITAEpidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e AcidenteEstados de Saúde e de DoençaUrgências dos HospitaisPortugalQuedas em contexto doméstico e de lazer: uma ocorrência observada em EVITAconference object